terça-feira, 24 de junho de 2014

A Copa no Brasil- 4

O time deles chegou totalmente desacreditado.

Ninguém dava um tostão furado pela sua classificação e no grupo onde caiu, previa-se que seria o saco de pancadas.

Surpresa total, a Costa Rica não só se classificou em primeiro lugar como diabolicamente sapecou 3 x 1 no Uruguai,empatou com a Inglaterra e ganhou da Itália.
Inacreditável!! 

Jogando um futebol de primeira categoria, com troca de passes rápidos e precisos, sem estrelismos ou falta de seriedade, o time surpreendeu todo mundo pelo padrão de jogo apresentado.

Taticamente equilibrado, seus zagueiros não dão chutões e nem rifam a bola, preferindo ao invés, tocar a bola para o melhor colocado e com rápidos contra-ataques, sempre aparecia alguém bem colocado em posição de tiro ao gol. 

Me lembra, pela garra e jogo cadenciado o Chile, nosso próximo adversário. Jogo difícil esse.

Agora mesmo acabou Uruguai versus Itália, onde a tradicional garra cisplatina prevaleceu e venceram por 1 a 0.

mais uma campeã que vai embora e agora são três campeãs a deixarem o  mundial precocemente: Espanha, Inglaterra e Itália.

Fui!!!

O Brasil na Copa-3


Terminado o jogo Brasil versus Camarões, não tive dúvidas que apesar da fragilidade do adversário, nossa equipe ainda carece de maior empenho em dois setores: a lateral direita onde Daniel Alves não inspira confiança e o centro avante Fred que , a meu ver, não está correspondendo aos anseios da torcida.

Inerte e ligeiramente sobrepesado, ele mal participou da partida, limitando-se a assistir ao desenrolar do jogo. Não dá combate ao adversário com vigor e seu nome foi pouco falado nas transmissões.
O gol feito  não foi mais que sua obrigação, pois entre ele e  o gol não havia mais ninguém.

Não estou querendo dizer que ele é ruim, mas o atual esquema- onde ele fica sozinho na área- esperando a bola que, na maioria das vezes chega quadrada- não lhe é favorável.

Seria preferível um jogador com características diferentes, ou seja, que tenha mobilidade e seja ágil no domínio e nos deslocamentos, forçando os zagueiros a acompanhá-lo, facilitando assim a a penetração de outros atacantes ou meias.

Afinal temos Neymar Jr, que à despeito de um senso muito individualista, resolveu a parada, para nossa felicidade.

Temos que tirar o chapéu para o cara.

segunda-feira, 23 de junho de 2014

O Brasil na Copa- 2

Hoje temos Brasil versus Camarões.

Historicamente nunca passou pela cabeça de  brasileiro algum sofrer uma derrota para Camarões, mas vejamos o handicap dessa pequena nação africana:

Camarões é um autentico representante do melhor do futebol africano e já esteve cinco vezes no Moundial, um recorde na Africa.

O maior título do futebol camaronês foi a medalha de ouro obtida nos Jogos  Olímpicos de Verão em 2000.

Na Copa do Mundo, seu melhor resultado foi o 7º lugar em 1990, quando surpreendeu e encantou com seu futebol, principalmente seu maior craque, Roger Mila, que aos 38 anos ainda roubava a cena.

Nos jogos Pan Africanos já ganhou quatro medalhas de ouro, em 1991,1999,2003,2007.

No futebol feminino, ganhou medalha de bronze nos jogos Pan-Africanos de 2003.

Venceu quatro vezes a Copa das Nações Africanas e das Nações Afro Asiáticas, a Copa CEMAC, A Copa UDEAC e o Campeonato Africano de Futebol Sub-17.

Portanto, cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém, ainda mais sem saber se Samuel Ettóo jogará.Ele é o mais perigoso atacante de Camarões e já deu muito trabalho em campos europeus.
Ainda leva perigo às defesas adversárias.

Terminou o jogo Chile 0 x 2 Holanda. Não deu para os bravos e aguerridos jogadores chilenos. O time holandês é muito forte na defesa, com seus vigorosos e altos zagueiros barrando toda investida dos chilenos, que têm em média 1.76m contra 1.82m dos abóboras.

Caso o Brasil vença Camarões, jogará contra os chilenos.

Até breve.



A Copa no Brasil- 3

Ontem assisti ao Jogo Portugal versus Estados Unidos.

Sabemos, de longa data, que os americanos jamais se dedicaram ao futebol, como nós sul americanos e europeus o entendemos.O que eles praticam lá e dão demonstrações de serem os melhores, são inegavelmente o basquete, o beisebol, o hóquei sobre patins, o futebol americano( rugbi), dentre outros. Natação sempre foi o esporte que deram as maiores medalhas aos Estados Unidos.

O futebol mesmo nunca foi o forte deles.

Entretanto, nas últimas Copas, eles têm demonstrado um aprendizado de inegável valar, chegando mesmo a surpreender equipes tradicionais.

Ontem, sem surpresa me vi torcendo pelos americanos.Disciplina tática é uma virtude que muitas nações desenvolveram no intuito de se precaverem contra equipes sabidamente mais fortes.

Foi o que se viu, pois Portugal à despeito de toda sua tradição e jogadores de ponta, não conseguiu superar os americanos e, a bem da verdade, foi uma crueldade sofrerem o chorado gol de empate nos acréscimos. 

Jogada de categoria de Cristiano Ronaldo que após receber passe genial de um meio campista, colocou a bola na cabeça do atacante Varela, que acabara de entrar.

Os portugueses escaparam por pouco de sofrer uma eliminação precoce desta Copa.

Cristiano Ronaldo, na minha opinião não passa de um bom jogador, apenas é muito badalado. 

Craque mesmo é Lionel Messi 


sábado, 21 de junho de 2014

A Copa no Brasil- 2

Começou o jogo Argentina x Irã em Belo Horizonte.

Não posso deixar de manifestar minha ferrenha torcida a favor do Irã.


Não pretendo com isso ser "do contra", pois a distancia que separa o futebol da Argentina daquele praticado pelos rapazes da terra dos aiatolás é quilométrica.Apenas torço para que percam.


Para uma equipe que tem Messi, fica fácil: é só tocar a bola para ele e aguardar uma importante jogada que, provavelmente  o gol sairá fácil.


Acho mesmo que eles têm uma noção do "coletivo" melhor que a nossa. Invariavelmente os times argentinos vêm batendo os brasileiros na Libertadores. Isso é um fato, pois possuem uma disciplina tática mais eficiente que a nossa.

Não vejo individualismo nas equipes argentinas. Nunca vi um argentino( jogador) a usar aqueles ridículos bonés e nem mesmo apresentarem uma dancinha de tango ou seja lá o que for após algum gol.Levam a coisa mais a sério. Um palhaço da bola para mim era Robinho.Artista da bola é Messi.

Não me canso de discutir com amigos que os brasileiros têm, invariavelmente, uma deficiente noção do jogo "association", como ensinaram os ingleses. Os nossos atletas são muito individualistas. Antigamente o Brasil era soberano no cenário mundial, hoje estamos no meio da tabela. Paises como México, Colômbia e Equador eram nossos fregueses habituais e hoje endurecem o jogo e chegam a tirar um sarro em cima de nós. 


Vejamos o exemplo de Neymar nessa Copa: inúmeras vezes ele pretendeu resolver sozinho uma jogada que poderia colocar um companheiro(ops!) em melhor condição de finalizar.Fico puto com os individualistas pois não chegam nem aos pés de Pelé ou Garrincha.


Admiro o futebol dos argentinos pelo senso coletivo e pela garra demonstrada.Só não suporto o pedantismo deles. Para qualquer negócio eles querem levar vantagem.Vc pode chamar um argentino de veado, corno, ou seja lá o que for e ele tira de letra. Ao contrário se você qualificá-lo de otário ele parte para a briga.


Não é de hoje que eles vêm levando vantagem contra o Brasil nas negociações, especialmente no âmbito do Mercosul. 

Alias não são somente os argentinos que volta e meia dão um "traço" nos nossos governantes. Recentemente Lula levou uma banana no rabo do Evo Morales, que nacionalizou nossa refinaria na Bolívia e o molusco não fez nada, apenas comentou;" São pobres, coitados, podem ficar com a refinaria". Puta que pariu!! Como ser feliz com governantes desse nível?

Os argentinos sempre colocam um empecilho a mais nas negociações que invariavelmente, terminam com vantagem para eles.


Vejam que nessa copa eles jogaram a primeira no Maracanã e a outra no Mineirão. Invadiram os dois estádios. O Brasil, longe de seus palcos capitais, longe de sua fanática torcida carioca ou paulista e mineira,  foi para o nordeste. Dá para entender essa política da CBF?


Voltando ao tema, os jornais do dia 19( ontem) trazem preocupantes notícias sobre o país vizinho, que está prestes a dar o segundo calote( CANO MESMO) na dívida externa. 

Abaixo podem acessar o link  do " Estado de São Paulo :

 http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2014/06/1473252-editorial-argentina-pressionada.shtml  .... 


Não acabou o jogo.. . temos 40 minutos do primeiro tempo e segue o Irã endurecendo.

Terminou o primeiro tempo: zero a zero!! Aiatolá!!!!!!
Começou o 2º tempo.... 10 minutos de jogo e o filho da puta do juiz não deu um penal claro  a favor do Irã.
Segue o jogo, 33 minutos do segundo tempo e o goleiro argentino já fez dois milagres,enquanto o Irã faz a melhor partida de sua história.
Aos 41 minutos o goleiro argentino opera outro milagre!!!

Gol de Messi aos 45 minutos!!! Que merda!!Bravo Iran...
Fui....







           

quinta-feira, 19 de junho de 2014

A Copa no Brasil

Assisti hoje o jogo entre Uruguai e Inglaterra e como era esperado, o fervor da torcida uruguaia empurrou seu valoroso time à vitória.

Foi uma demonstração de garra e vontade.

Não houve bola perdida por parte dos Uruguaios, justificando assim sua já famosa garra.

Os ingleses bem que tentaram mas prevaleceu a velha garra uruguaia, com Luis Suarez dando um show de competência. Parabéns uruguaios!!!!!

O Brasil na Copa 1

O brasileiro é fanático por futebol, mas isso não é nosso privilégio. Que o digam os outros povos que para cá vieram torcer para seus times.
 
Dos 32 times participantes da Copa, 8 são de língua espanhola e a proximidade com o Brasil fez com que dezenas de milhares de "cucarachas"viessem da Argentina, Uruguai, Chile e Colômbia.
 
A paixão demonstrada pelos torcedores- os hinchas na língua deles- transforma-os, às vezes em perigosos  fanáticos que causam confusão e baderna. Parece que não tiveram a mínima educação.
 
Chilenos invadiram a sala de imprensa do Maracanã e quebraram muita coisa. Isso não justifica a paixão que sentem por seus times. Isso é vandalismo e foi uma ducha de água fria na tão falada segurança propagada pela FIFA.
 
Agora a invasão argentina será em Belo Horizonte e espero que a polícia aja com firmeza,repreenda e prenda os que se meterem a quebrar o patrimônio. Fala-se que 20,30 ou mesmo 40 mil argentinos estarão no Mineirão. Alerta PM!!
 
Espanha e Inglaterra ao que parece já estão de volta à Europa.
 
O Brasil não me empolgou em nenhum dos dois jogos.
 
Foi- se o tempo em que, quando a seleção canarinha ia jogar contra qualquer time da América exceto Argentina e Uruguai, tentava-se adivinhar de quanto iríamos ganhar.
 
Hoje um simples jogo contra o México causa um sério problema na nossa auto estima.
 
Nossa equipe, na minha opinião, é muito individualista( Neymar parece que amarra um cordão na bola) e dificilmente a solta para algum companheiro mais bem colocado.
 
Não temos um bom meio campo e nossa defesa carece de melhores jogadores. Fred e Paulinho são duas nulidades.
 
Não levo muita fé nessa equipe. Camarões pode ser uma surpresa.
 

segunda-feira, 16 de junho de 2014

O Caminho de Aparecida- 10º dia- de Wenceslau Bráz ao Charco: 14 km

Segundo as informações recebidas, esse seria o dia de trajeto mais belo, pois cruzaríamos a Serra da Mantiqueira na fronteira com o estado de São Paulo, atingindo o ponto mais alto do caminho.

O frio da noite foi bem resguardado com os cobertores disponíveis e as roupas adequadas que cada um levouu. Um vento forte soprou por uma parte da noite, sibilando pelas frestas da habitação. Nada impediu o descanso naquela noite.
Acordamos por volta das 5.30 e conforme combinado com a hospitaleira Patrícia, o café seria servido às 6.30. O marido dela fora cedinho à padaria e trouxe um pãozinho francês macio e quente. Fomos servidos com um bom café, acompanhado de bolo, biscoitos, frutas, leite, queijos, etc. Nosso trajeto, embora curto seria desgastante e em franca subida, por isso aprontamos um farnel apropriado.

Com o dia raiando na fria manhã partimos às 7.00 h rumo ao Charco, nome misterioso que provocou dúvidas e ansiedade, pois teríamos que caminhar pela "trilha dos carneiros". O que seria isso?                  



Saindo do Castelinho pegamos o asfalto subindo em um trecho de pouco movimento de veículos,pois na verdade aquele longínquo lugar só leva a uma direção: Aparecida,via Horto( Estrada Parque Campos de Jordão). Aparecida dista 70 km e o Charco 15 km. Três quilômetros depois derivamos por  uma estrada de terra em forte ascenso, no meio de muita mata.
Quando se caminha nas montanhas, um detalhe importante é olhar para trás, que na maioria das vezes o visual é muito mais bonito.
                                                   
                                   Dali para frente apenas subida, até o Charco!

A presença da mata nativa é um fato digno de registro, pois a quantidade de araucárias é tamanha que parece que foram ali plantadas pela mão do homem. 
Nunca vi tanta araucária junta e por obvio, as sementes - os pinhões- espalhavam- se por toda a extensão do caminho, por todos os lugares, aos milhares! catamos muitas para servirem de tira gosto mais tarde.

Caminhamos por oito quilômetros, parando alguns minutos para as fotografias e apreciando a beleza do cenário proporcionado pela majestosa Serra da Mantiqueira, num dos visuais mais bonitos que já ví.

Com esses oito quilômetros andados, chegamos a uma bifurcação onde vimos a única moradia até então. A altitude assinalada no GPS era de 1450 m. Descansamos um pouco, comemos sanduíches, frutas e tomamos água, para logo em seguida prosseguirmos a subida.

Em meio ainda ao cipoal de araucárias, a subida parecia sem fim e agora um vento cortante soprava do nordeste, arrancando assovios dos galhos das árvores.



Permeando tanta beleza natural, com poucas casas avistadas, essa fazenda  bem cuidada chamou nossa atenção, afinal  o esmero e qualidade das cercas e do portão estavam visíveis.                    
O tempo foi passando e afinal, às 12 horas adentramos ao Charco, que nada mais é que uma aglomeração de uma duzia de casas, a Igreja e nada mais. Quatro casinhas de madeira foram a referencia para subirmos mais um pouco até a Pousada de D. Nair, nossa hospitaleira daquela noite. 


Enquanto alguns carregavam suas mochilas para dentro da habitação, outros ficaram ali fora descansando da longa subida. Previa-se muito frio para os próximos dois dias.

A casa de D. Nair e Luciano é simples mas acolhedora. Dispões de três quartos, dois com cama da casal, uma inclusive de absoluta curiosidade, pois a cama está inserida dentro de uma carroça estilizada.
Possui dois banheiros com farta água nos chuveiros elétricos.A cozinha possui fogão à lenha, outro a gás e demais utensílios e equipamentos modernos.
A casa possui ainda tv com boa imagem. Na sala, dormita uma grande lareira, equipamento importantíssimo naqueles 1700 metros de altitude e sobre ela uma pequena coleção de armas antigas, relógios antigos, cabaças, cuias e os chifres de um cervo.
                                       
Tomamos banho antes que a temperatura despencasse de vez e fomos almoçar uma excelente comida caseira, servida no fogão de lenha, antecedida que foi de uma cachaça mineira ou da admirada caipirinha do Navarro.  



Nada a fazer naquele rincão deserto, a não ser conversar e descansar.
Conversamos muito com Luciano e um amigo morador nas redondezas, sobre a situação das terras, das atuais e antigas lavouras, de uma serraria que outrora existia,etc. Hoje as pastagens são alugadas.
Serrava-se muita araucária, mas hoje em dia está proibida sua derrubada, assim como de outras essências da natureza.
Escureceu e fomos jantar, agora já procurando os agasalhos e degustando os vinhos que levamos. A conversa foi fluindo ao lado da lareira, dos cobertores e dos colchões que espalhamos pela sala, uma vez que os casais dormiram nos quartos e a plebe foi para os colchonetes no chão. 






Muitos cobertores foram usados para afugentar o vento frio que sibilou boa parte da noite, que de resto, foi tranquila, com muito silencio exterior excetuados alguns roncos previsíveis ali ao lado!!















O Caminho de Aparecida- 9º dia de Itajubá a Wenceslau Bráz - 20 km

A gerente do Hotel Oriente escolheu para mim um quarto localizado( só fui descobrir depois) ao lado de um corredor lateral, de modo que mal havia clareado o dia, algumas pessoas no dito corredor,  começaram a falar em voz alta o suficiente para que eu acordasse. Embora contrariado, ví que estava mesmo na hora de pular fora da cama.
 
Minha mochila estava quase pronta, faltando apenas colocar as roupas que tinham sido lavadas na tarde anterior. 
Tomei uma ducha e me preparei para o café, que diga-se de passagem foi um dos dois melhores do caminho. Farto em porções e com produtos de primeira qualidade, o café forte e saboroso, como os verdadeiros arábicas do sul de Minas surpreendeu até mesmo os que estão mais acostumados.
Até uns potinhos de coalhada autentica apareceram( digo, para quem conhece com aquele sabor típico das frescas coalhadas da roça). O café da manhã compensou os eventuais contratempos.


Acertadas as contas , colocadas as mochilas no carro da Regina e agora na companhia dos GMQ's Zenon e Navarro, que vieram de São Paulo para mais um fim de semana de caminhada, tomamos o rumo do bairro Santo Antônio, trafegando pelas já meio agitadas ruas da cidade, sempre beirando o rio Sapucaí.Eram 7 horas, meio fora do nosso padrão, mas nos demos ao luxo de mais um pouco de calma na saída.
                                     Cruzamos uma feira de hortifrutigranjeiros bastante animada, onde um grande número de feirantes apresentava aos consumidores, uma variadíssima gama de produtos.  Comprei umas mexericas e fomos andando por aquelas ruas de paralelepípedos, sempre margeando  o rio.
Mais para o final da cidade cruzamos com as imponentes edificações do 4º Batalhão de Engenharia e Combate do Exército, como um posto avançado  no interior.





  " O 4° Batalhão de Engenharia de Combate (4°B E Cmb), ou Batalhão Pontoneiros da Mantiqueira é uma unidade do Exército Brasileiro, da categoria batalhão, divido em 3 companhias,as quais são: Cia de Combate; CCAP(Companhia de Comando e Apoio e CEP(Companhia de Engenharia de Pontes) e que se encontra instalado no município de Itajubá, Minas Gerais. O batalhão conta com centenas de militares oriundos de várias regiões do Brasil.
batalhão encontra-se em Itajubá desde 1921, e no mesmo quartel desde 1º de abril de 1925. Durante a 2ª Guerra Mundial , enviou contingente a Fernando de Noronha, para a defesa do ponto estratégico do litoralbrasileiro contra os alemães. Enviou 55 pracinhas para comporem a Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Itália. Em 9 de fevereiro de 1994 o batalhão recebeu a denominação histórica de “Batalhão Pontoneiros daMantiqueira”, devido ao exito que seus pracinhas obtiveram na edificação de pontes durante a campanha da FEB na Itália".
Um pouco mais à frente passamos pelas instalações  da IMBEL( Indústria de Material Bélico do Exército), cuja unidade foi inaugurada em 1934 com a denominação de Fábrica de Canos e Sabres para Armamento Portátil. Dispõe de um centro de desenvolvimento de engenharia Industrial totalmente informatizado, o que lhe garante o status de top de linha.
Produz os seguintes equipamentos:
           - Fuzil Mauser- o melhor fuzil de repetição até hoje concebido,
           -Pistola .45M911 A1BR1- derivada do projeto de maior sucesso em toda histórtia do armamento de porte- PROJETO COLT. Neste produto realizou-se a afirmação da engenharia de processo da fábrica de Itajubá. Aconfirmação do sucesso deste projeto está representada na contínua exportação de pistolas para a Sprigfield Inc. USA.
        - FAL- Fuzil Automático Leve, o de maior aceitação em todo mundo e que chegou a ser usado em mais de 90 países. Apenas aqui em Itajubá e na Belgica(FN) ainda se fabrica esse fuzil pelo sistema métrico.
Parecia que a rua não acabava nunca: de um lado o rio e do outro um grande morro e na lateral deste, uma infinidade de casas, simples e às vezes desproporcionadas em tamanho, tipos, outras mal arrumadas e uma infinidade de cachorros a aporrinhar com latidos enjoados.


Um ou outro morador dizia um bom dia com voz para dentro e mal dava para entender: apenas o "dia"!!           

Assim continuamos por três longas horas e meia, entre casas e ruas, até que chegamos ao Bairro Santo Antônio onde paramos para descanso e hidratação, numa bifurcação que, olhando para trás deparamos com a  bela capela existente no alto da colina! Linda, lá no alto, como que abençoando a população do diminuto distrito.



Dali paramos num coreto para fazer umas fotos e continuamos agora pelo asfalto em franca subida, até encontrarmos uma variante à esquerda, ao lado de uma estreita ponte que nos conduzia por uma trilha belíssima.
                                     
 Elson Poloni havia nos informado que o caminho à partir desse ponto, seria aquele de mais belo visual, o que na verdade se confirmou.
Verdejantes pastagens em belas propriedades rurais adornavam o cenário com a grande cadeia de montanha ao fundo.
                 
                                 




                            Começamos a subir uma íngreme trilha em meio ao pasto....... 


.....que finalizava em uma descida de suave inclinação até chegarmos ao Laticínio Santana, local dentro da propriedade do mesmo nome, que produz manteiga e queijos- compramos mussarella em trança- para deguste à noite. dali, Ao lado de grande número de vacas leiteira atravessarmos algumas casinhas do local, ganharmos o asfalto.
                     

Por cerca de oito quilômetros caminhamos no calor do asfalto, sempre apreciando a mata ao redor e borbulhante riacho de águas claras que descia da montanha, .........
  

....até chegamos, às 12.30h, á entrada da pequena Wenceslau Bráz, onde um nosso velho conhecido, o  Totem da Estrada Real, dava-nos as boas vindas.  
Do alto ainda avistamos as primeiras casas já percebendo a beleza e o charme do local, onde casas de boa qualidade estavam ao lado de pequenas outras , nem tanto aproveitáveis. 

Na entrada da cidade paramos para fotografar as flores e observar o esmero com que tratam da limpeza urbana.
A cidade de Wenceslau Bráz, cujo nome é uma homenagem ao ex presidente do Brasil Wenceslau Bráz( leia aqui informações sobre ele), está localizada na microrregião de Itajubá,  a 1005 m de altitude e possui uma população estimada em 2.600 habitantes.Limita-se a sudoeste com a cidade de Campos do Jordão-SP.
Adentrando a pequena cidade passamos por esta grande usina geradora que, alimentada por imensos tubos de água que descem da montanha, produz a energia elétrica suficiente para alimentar a indústria local. (Trata-se de represa de usina hidroelétrica pertencente ao Exército (IMBEL). Só pode ser visitada com autorização. O município tem potencial natural (cachoeiras, represas, pontes de ferro e outros atrativos), mas tudo pertence à IMBEL, sendo duas pequenas usinas hidroelétricas, os reservatórios, o terreno e tudo mais. IMBEL = Indústria de Material Bélico do Brasil.)
A cidadezinha tem um aspecto agradável e pacato, pois avistamos poucas pessoas pelo trajeto até chegarmos ao Hotel Castelinho Amarelo, simpática construção de estilo único, local de nosso pernoite.
O local é muito agradável e a simpática hospedeira já havia contratado o nosso almoço num pequeno restaurante antes da subida do hotel. Deixamos as mochilas no hotel e voltamos para o restaurante para tomar cerveja, enquanto esperávamos a chegada dos outros colegas retardatários. 

O tradicional jeitinho mineiro de receber foi evidenciado aqui neste pequeno restaurante, onde sua proprietária e filha não mediaram esforços para que fossemos bem atendidos. A simplicidade do espaço foi compensado pela simples porem saborosa comida, composta de um bem assado lombinho de porco com couve, ovo frito e o mineiríssimo angu. Evidente que tomamos uma autentica dose de aguardente para rebater o pó da viagem, como diz aquela musica sertaneja, "O Rei do Gado". Comemos com fartura e à vontade.


Voltamos ao Castelinho para o necessário banho e descanso. Os aposentos são poucos e simples, porem confortáveis. Eu Zenon e Sidão ficamos no sótão, contiguo a um espaçoso área.
Dali de cima tivemos uma excelente visão da pequena cidade.

     



 Ao cair da tarde, voltamos ao único supermercado local para comprar uns vinhos para o lanche da noite e  ali fiquei sabendo que  às 19 horas haveria uma missa e louvor à Nossa Senhora Aparecida, onde a imagem vinda da cidade de Aparecida seria cultuada.
                                               
Por volta das 18 horas começamos a sentir um frio típico da região, aumentado pelo vento que soprava da montanha. Para tal frio, antes de ir à Igreja, passei no restaurante e tomei uma canja da melhor qualidade, acompanhada daquele pãozinho francês.

Na Igreja eu e Mauricio assistimos à missa observando o fervor da população para com a imagem de N S Aparecida.
Voltamos ao Castelinho onde os colegas já estavam degustando um bom cabernet, acompanhado de pães e queijos.
Ficamos numa animada conversa até que o sono apareceu e fomos dormir, curtindo o verdadeiro frio, usando as roupas adequadas que trouxemos. Nos próximos dois dias teríamos aquele sonhado frio das montanhas,!!









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