segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Um fim de semana em São Paulo

Aproveitando o feriado prolongado de 7 de setembro, eu e Maria Inês fomos para São Paulo para nos encontrarmos com os amigos que constituem o time da Melhor Qualidade.
Desnecessário repetir aqui todas as referencias que tenho dessa pleiade de amigos que prazeirozamente cultivamos. Com afeto e muita consideração.
Tampouco  vou enumerar as qualidades individuais dessa turma pois seria necessário elaborar um compendio ou tratado de relações humanas, tal a afinidade que se instalou no seio dessas pessoas.
O que merece ser considerado é, de como uns ilustres desconhecidos se encontraram ao acaso na longinqua cidade mineira de Tombos, num improvável mês de julho, para perpetrarem uma aventura vivida em equipe pelos caminhos poeirentos e solitários das montanhas de Minas Gerais ao longo de 12 dias  e que, com o passar do tempo firmou-se solidamente.
Encontros e reuniões foram acontecendo naturalmente quando, num repente, algum membro se lamentava da distancia ou ausencia dos outros amigos ou que estava demorando muito um encontro.
Logo estabelecia-se um programa,enviavam-se e-mails, acertavam-se as datas e como numa mágica, lá estávamos de novo reunidos. Sempre com aquela alegria e satisfação de ambiente agradável e alegre.
Posso dizer que já passam de uma dezena tais reuniões! O tempo passa, e como!
Nessa última, os acontecimentos não foram diferentes. Acertamos a data e logo a programação estava  elaborada com a eficiencia de sempre.
Embarcamos unm vôo da Gol com escala em Confins.
Ao chegarmos em Guarulhos- onde constata-se a dificuldade que será por ocasião da Copa do Mundo, uma vez que a super lotação será um fato inevitável e ainda as parcas opções de uma refeição honesta sem que lhe arranquem o couro, tamanho é o assalto financeiro que lhe impõem pela comida-fomos para a residencia do filho Paulo Henrique pegando o ônibus da Gol até Congonhas e de lá por taxi .
Naqueles dias o PH estava em Belo Horizonte participando de um congresso médico.
Após um susto em razão da cópia da chave- que não "casava" com a fechadura- descobrimos nas imediações um chaveiro disposto a nos atender, apesar da pressa em viajar e aproveitar o feriadão,foi um alívio pois estavamos cansados e famintos, alem de poder deixar as malas. 
Almoçamos num restaurante das redondezas e mais tarde saimos a passear pelo Shoping Ibirapuera, apreciando o frenético movimento da paulistada que, com a tradicional correria, preparava-se para passar mais um feriado prolongado na estrada, digo, nas praias do litoral da Baixada Santista.
Ficamos comentando sobre as inevitáveis cenas nas telas da TV que fatalmente serão mostradas, um monstruoso congestinamento onde, para um trajeto normal de 2 horas ,o paulista gastará umas seis!!
Mas acho que eles adoram ou por outro lado, não têm outra saída, têm que enfrentar essa parada duríssima.Voltamos á moradia do PH para uma noite de sono tranquilo.
No dia seguinte logo cedo Navarro estava a caminho para nos apanhar na Borges Lagoa com destino a Carapicuíba, não sem antes passarmos na Deola -famosa padaria - onmde degustarmos uma cerveja eu, e café com leite e pão com manteiga o Navarro. Essa é uma pedida tradicional do amigo. Respeitemos!
Regina, Claudia e Luciano, chegaram logo depois e ficamos alí degustando- á essa altura partimos todos para o chope- e papeando sobre a programação estabelecida. A coisa prometia!!
Saimos dali para o almoço num restaurante( cujo nome me falta)  localizado na própria Granja Viana, lugar aprazível e bastante concorrido. Ligamos para o Zenon, que não se fez de rogado e rapidamente apareceu
O regabofe durou até mais tarde e quando assustamos já avançava o tempo.
Fechamos a conta, após argumentações com o proprietário para que se moderizasse e aceitasse pagamentos com cartões de crédito, e fomos para casa do Navarro para um merecido repouso.
A noite avançava quando acordamos meio ressaqueados.Logo a seguir começamos  os preparativos para o melhor da noite:assistir ao musical Priscila a Rainha do Deserto, no Teatro Bradesco localizado no Shoping Bourbon.
Com o rápido deslocamento chegamos ao local com antecedencia suficiente. Com os  ingressos previamente comprados ficamos apreciando a beleza do local, amplo, moderno e luxuoso, capaz de fazer inveja ás melhores casas já vistas. 
O Teatro Bradesco , o mais moderno da  América Latina, com capacidade para 1.500 lugares entre plateia, camarotes e mezanino, apresenta palco italiano multiuso adequado estrutural e tecnicamente para óperas, musicais e espetáculos internacionais.

Baseado no premiado filme de mesmo nome, Priscilla, Rainha do Deserto conta as aventuras de Bernadette, Mitzi e Adam, duas drag queens e um transexual, que viajam a bordo de um ônibus (apelidado carinhosamente de Priscilla) pelo deserto australiano em busca do amor e de verdadeiras amizades e acabam encontrando mais do que jamais haviam sonhado. 
O musical fez sua estreia mundial em Sydney (2006) e desde então vem experimentando momentos mágicos como o sucesso de crítica em Melbourne (2007), a temporada com ingressos esgotados na Nova Zelândia (2008), e a uma volta triunfal à Sydney devido às solicitações do público (2008) antes da estreia em palcos londrinos (2009), onde esta em cartaz há mais de dois anos. Em 2011 finalmente fez sua parada na Broadway, nos Estados Unidos.
Priscilla, Rainha do Deserto veio ao Brasil  pela primeira vez, sendo esta versão brasileira  a primeira produção internacional do musical, outro fato inédito para o Brasil.
Ao final do musical, aplaudidíssimo por sinal, nos dirigimos ao bar do Juarez para devagar e pacientemente, degustarmos mais chopes e uma picanha macia e muito bem temperada.
Presentes Navarro e Regina, eu e Maria Inês,Sidney e Emília, Zenon, Kátia(futura mamãe) e Eduardo, Claudia e Luciano.Foi uma alegre e descontraida noite.
Ficamos no bate papo até  duas horas da manhã, quando pegamos o caminho de volta para um merecido sono.
No dia seguinte acordamos mais tarde, lá pelas 10 horas.Logo após o café eu e Navarro 
fomos ao supermercado providenciar alguns ingredientes para o churrasco na casa da Claudia que recentemente mudou-se para a Granja Viana.
Chegamos por volta de 13 horas e o Luciano já estava nos aguardando com algumas Stella Artois bem geladinhas.
A nova casa da Claudia tem uma arquitetuta diferente,é ampla e confortaval. É bastante arborizada e conta com piscina aquecida , jardins bem cuidados, sauna e uma ampla área onde está a churrasqueira. 

Os outros GMQs foram chegando aos poucos e logo havia gente suficiente para um baile.
Aos mencionados acima some-se Helia e Mario, Paula filha do Zenon e ainda a filha da Claudia com o namorado, alem do Lucas.
A medida que as pessoas foram chegando as carnes foram sendo assadas com competencia pelo Luciano e o tempo foi avançando tarde a dentro.
Cervejas, vinho, cachaça e uma bebida alemã de nome impronunciável foram embalando a reunião. Saladas coloridas preparadas com esmero pela Regina e Maria Inês completaram o menu. A sobremesa tambem não faltou.
Com o calor que fazia foi inevitável uma caída na piscina de águas claras e mornas que, mais tarde  motivou uma sauna reparadora.Afinal temos que eliminar as toxinas alcoolicas para recomeçar tudo de novo no dia seguinte.
Assim a noite caiu e ficamos ali pelo gramado num bate papo animado.
Não foi nada, nada, nada mesmo, mas o capeletti que Maria Inês fez e foi avidamente degustado com um vinho da melhor qualidade, arrasou no final da noite. 
GMQs meio ressaqueados tiveram novo ânimo com aquele repasto consistente, onde nacos de frango boiavam  num caldo untuoso, saboroso, revigorante.
Foi mesmo para enfrentar uma noite de pesado sono.
Após esse capeletti aproveitei para exercitar a memória e declamei "Herança", aquele belo poema recitado pelo Claudio no Caminho das Missões.Tambem mandei ver na "Carta aberta ao guri que fui" e parece que todos gostaram.
Finda a festinha, nos despedimos desses valorosos amigos pois a noite já ia avançando e o cansaço foi aparecendo no semblante de todos.
Como a casa do Navarro é perto chegamos logo e o jeito foi cair na cama e ferrar no sono.
Acordei no domingo com muitos pássaros cantando alí nas redondezas.
A Granja Viana parece um oásis no meio da grande cidade. Sua topografia e ambiente fartamente arborizado, favorecem a presença de pássaros de modo que é normal a presença de sabiás,sanhaços e outros pássaros canoros. 
Alías devo dizer que no quintal da casa da Claudia fotografamos um casal de Jacu-pemba, ave de grande porte que só se mantem graças a mata preservada.
Após o café saimos para um passeio na cidade de Santana do Parnaiba,veja aqui, situada não muito distante de Carapicuiba.
Havia sido uma sugestão que fiz motivada por uma reportagem que eu assistira na tv e que veio a calhar, uma vez que Regina tem raízes na cidade. Sua irmã mora lá e além disso mais um pouco a frente está a cidade de Pirapora de Bom Jesus, local que passamos e fizemos um desvio para apreciarmos no alto de um morro,a prença de aficcionados de parapentes.
Ficamos ali um bom tempo apesar do forte calor assistindo ás piruetas e manobras arriscadas dos paragliders. Navarro disse que já pulou lá de cima e parece que gostou muito!



Do alto tem-se uma bela visão do vale do Tietê, com suas curvas e paisagem verdejante.
  O calor continuava fomos para Santana onde chegamos por volta de 11 horas. 

O conjunto arquitetônico colonial do Centro Histórico possui mais de duzentas casas e construções datadas dos séculos XVII e XVIII, destacando-se a Igreja Matriz de Sant'Ana. 
Trata-se do maior conjunto colonial existente no estado de São Paulo.
Devido a sua posição estratégica no vale do Tietê,dali partiram as bandeiras para o interior do Brasil e que foram origem de inúmeras cidades espalhadas por S.Paulo, Minas e Goiás e Mato Grosso.
Na praça principal existem vários restaurantes e barzinhos e ficamos um tempo alí num deles tomando uma cerveja e esperando pela irmã da Regina, apreciando o movimento e admirando algumas motos objeto de nossos desejos, particularmente uma BMW 1200 - BMW foto - que será a proxima aquisição do Navarro.
Chegamos a Pirapora do Bom Jesus já mais tarde e após uma rápida passagem na casa onde morava a mãe de Regina almoçamos num restaurante nas proximidades pois a fome estava pegando.
Pirapora de Bom Jesus é uma cidade turística, famosa pelas romarias que recebe, onde ciclistas, pedestres, charreteiros, cavaleiros e veículos motorizados chegam para reverenciar a imagem de Bom Jesus.
 Na cidade, o visitante encontra o primeiro Santuário Cristocêntrico do Brasil, cuja origem teve início em 1725, quando foi descoberta, em uma corredeira, a imagem do Bom Jesus.  veja aqui mais informações sobre Pirapora do Bom Jesus.
A capela inicialmente construída no local deu lugar a outra feita de madeira. Em  1845 iniciou-se a construção da atual igreja (concluída em 1887), que abriga famosa escultura de Cristo com cabelos naturais.
A escultura está localizada no altar-mor, protegida por uma redoma de vidro a prova de balas e é acessada pela lateral da igreja.
Pirapora de Bom Jesus- (pirá ("peixe") e pora ("pulo") continua recebendo um número bastante significativo de romeiros tanto em datas religiosas quanto em fins de semanas normais. 
Findo o roteiro turístico-religioso-cultural-esportivo e etílico devidamente sarados da ressaca, voltamos para Carapicuiba desfrutando a paisagem abafada e calorenta, mas bonita de se ver.A paulistada voltava do feriadão e a quantidade de carros não era aquele volume que se imaginava.
Chegamos com a noite avançando e assim que arrumamos as bagagens,nos despedimos da Regina e Raquel e o amigo Navarro nos levou de volta à moradia do Paulo Henrique, que já tinha retornado de Belo Horizonte.
Mais tarde, com Luize a noiva do PH, fomos a uma pizaria  nas proximidades para completar a noite e voltamos para um merecido repouso.
No dia seguinte pegamos o vôo de volta prometendo voltar em breve para mais uma reunião com os amigos da Melhor Qualidade




 


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