sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Quqrta feira - 1º de maio

 
A previsão era de mais um dia chuvoso mas contrariamente, amanheceu um belo dia de sol e assim  eu e Maria Inês saímos para dar umas voltas pelas redondezas e assistir ás solenidades do Dia do Trabalho.                                                        



Passamos pela maravilhosa Marina di San Giusto, coalhada de barcos e iates de todos os tipos e tamanhos. Admiramos sobretudo um de bandeira norueguesa, imenso, de uns 70 metros de comprimento e  lindíssimo.
                                                             


Na Piazza Unitá d'Itália, uma imensa multidão já se agrupava para as festividades do dia do Trabalho, com colunas de sindicatos e trabalhadores organizados portando numerosas e coloridas bandeiras desfilando em forma militar.

Chamou minha atenção uma formação de trabalhadores da Eslovênia, portando suas bandeiras com inscrições no dialeto esloveno. 
Tendas e gazebos com serviços de bebidas e lanches se espalhavam pelas proximidades e muitos ônibus de tutistas e trabalhadores estavam estacionados nas proximidades da Aduana.

Muitos locais, com suas famílias e inúmeras motocicletas e motorinos(scooters) podiam ser vistas ao redor.                                                     

Próximo á Piazza  Itália, uma imensa roda gigante convidava a uns giros pelas alturas triestinas e lá fomos nós, aproveitando a ocasião para umas fotos da bela paisagem do golfo.                                       




Depois de umas boas voltas pelos arredores do centro, apreciando aquele movimento tão diferente para os nossos costumes, voltamos para o almoço, quando saboreamos umas costeletas suínas, marinadas no dia anterior, acompanhadas de um arroz com espinafre refogado, pães, queijos  e um chianti da melhor qualidade.



Dia 1 de Maio é o dia do trabalhador na Itália, assim como em muitos lugares do mundo, inclusive no Brasil.Dia do Trabalho História.


Junto com a religião, a política e o futebol, o trabalho (ou a falta e a precariedade dele) é um dos assuntos mais discutidos na Itália, país maravilhoso para comer, beber, se divertir, viajar, mas que quando se trata do trabalho, pode deixar muitas pessoas de cabelos em pé. Fui pesquisar sobre o trabalho na Itália.

E das tantas peculiaridades e idiossincrasias desse país,soube que é um dos poucos países europeus onde não existe um salário mínimo. De fato, na  Itália não existe salário mínimo mas aquilo que se chama contratos nacionais. Contratos que os sindicatos e certas categorias profissionais conquistaram com negociações, greves, lutas pelos seus direitos.


Mas as notícias que leio nos jornais não são muito animadoras. A taxa de desemprego na Itália ainda é alta, de mais de 10,5%, com cerca de 2,7 milhões de pessoas à procura de trabalho. Um índice consideravelmente acima da média dos 28 países da União Europeia, de 7,9%.

Os salários são negociados conforme as categorias de trabalhadores. Operários de fábrica (do aprendiz ao especializadíssimo) se enquadram na categoria dos trabalhadores metalomecânicos, jornalistas, advogados e outras profissões que precisam de uma ordem ou conselho profissional possuem suas tabelas de preços e remuneração mínima, e assim em diante.

A questão fica delicada em alguns tipos de trabalhos como trabalho doméstico, uma recepcionista de uma empresa pequena ou até mesmo um vendedor de loja. Nesse caso a negociação (ou queda de braço) se dá entre o empregador e o empregado.

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