O clima aqui em Trieste , como de resto em toda região de Friuli-Venezia- Giulia, cuja capital é Trieste, é bastante instável. Nesse domingo, 28 de abril, estava previsto mau tempo e de fato veio a chuva acompanhada de vento e frio cortante.
O frio, para mim pelo menos, é saudável ,desde que não seja aquele tipo polar, mas o vento é um adversário respeitável para quem gosta de caminhar, o meu caso.
Mesmo assim saí cedo e bem agasalhado, para conhecer outras partes dessa cidade interessante que possui influencias italiana,austro-húngara e eslovena, bastante evidentes em seu cenário e que ainda inclui uma antiga cidade medieval e um bairro austríaco neoclássico, que infelizmente não conheci.
Por aqui passaram vários povos, mas foram os romanos que deixaram as primeiras e mais importantes marcas. Com a queda do Império Romano, Trieste passou para o domínio do Império Bizantino, depois dos francos, mais á frente lutou contra a República de Veneza para finalmente se aliar ao Império Austro Húngaro, que manteve o domínio até 1918!
Trieste está repleta de vestígios desses períodos pelos quais passou, mas principalmente, destaco a imponência e os detalhes dos estilos arquitetônicos,neoclássicos,neogóticos e barroco.
Saindo de casa do Danilo no Campo Marzio (acima) com poucos minutos alcancei a espetacular Marina di San Giusto, que abriga nada mais que milhares de barcos, escunas, veleiros e iates de todos os tipos.
Localizada entre as docas do antigo porto é o principal ponto do turismo náutico em Trieste. Como é um local central da cidade, imediatamente mergulha os turistas que ali chegam, inclusive os grandes transatlânticos, no coração da cidade.
A vista do Castelo Miramare, da Colina di San Giusto e a proximidade da Piazza dell'Unitá d'Italia, representam um ponto de vista incomparável, pois fica a poucos passos das belas atrações culturais, recreativas, supermercados. Nesse caso,- sua excelente localização- faz dela a porta de entrada para os Bálcãs e Europa Central.
A vista do Castelo Miramare, da Colina di San Giusto e a proximidade da Piazza dell'Unitá d'Italia, representam um ponto de vista incomparável, pois fica a poucos passos das belas atrações culturais, recreativas, supermercados. Nesse caso,- sua excelente localização- faz dela a porta de entrada para os Bálcãs e Europa Central.
Aqui ocorre a famosa BARCOLANA,que dizem ser a " the world's most crowded regatta, ou seja, a maior regata do mundo. Esse ano será em outubro, 13, conforme você pode ver AQUI.Em 2018 foram mais de 2.600 participantes.
Impressionante a quantidade de barcos que alí vi atracados, e por sorte, mais tarde, atracou o enorme cuiser ARTANIA, de propriedade da companhia alemã"Phoenix Reisen e segundo me informou um dos atendentes- sim a presença de centenas de pessoas que embarcariam provocou em congestionamento na passagem- há sete anos esse cruiser não visitava Trieste. Ele transporta cerca de 1.200 passageiros, tem 231 m de comprimento, pesa 44 mil toneladas e navega a 22 nós por hora.
Fiz algumas fotos, gastei um tempo ali assistindo ao vai e vem dos turistas, o borborinho dos que iam embarcar- eram muuuuitos- saindo dos confortáveis ônibus de inúmeras procedências, automóveis de dezenas de cidades da Europa Central, mas principalmente da Eslovênia, Croácia, Áustria, Hungria, Alemanha e Polônia. Carros lindos e caros: BMWs, Mercedes, Audis, Citroens, Skoda, muitos deles movidos a diesel! Inveja desses europeus!
A atmosfera acolhedora e elegante, a vista deslumbrante da cidade e o cuidado com cada pequeno detalhe fazem da Marina San Giusto o ponto de "aterrissagem" ideal para todos que se dedicam ás atividades náuticas.
Terminado meu momento de turista observador, segui rumo á Piazza Unitá d'Itália que dizem ser a maior de Europa de frente para o mar.
Pode ser pois é linda, com seus imponentes edifícios de estilos neoclássicos, como o prédio da Prefeitura, um hotel, o Palazzo Stratti e a Fontana dei Quattro Continenti, uma fonte cujo nome representa os quatro contientes até então descobertos( 1754).
Em 1938, quando Mussolini visitou a cidade a fonte foi retirada da praça. Era época das leis raciais fascistas.
Pode ser pois é linda, com seus imponentes edifícios de estilos neoclássicos, como o prédio da Prefeitura, um hotel, o Palazzo Stratti e a Fontana dei Quattro Continenti, uma fonte cujo nome representa os quatro contientes até então descobertos( 1754).
Em 1938, quando Mussolini visitou a cidade a fonte foi retirada da praça. Era época das leis raciais fascistas.
Em frente a praça está o famoso pier Molo Audace, onde fiz excelentes fotos do por do sol. Construido em 1751, tem 200 metros de comprimento e recebeu esse nome em homenagem ao destroyer da Marinha Audace.
Nessa famosa praça, milhares de triestinos e turistas a elegem como ponto principal de encontros ou simplesmente para degustarem um vinho ou expresso nos seus famosos cafés . Movimentadas sorveterias estão espalhadas nas redondezas, e a San Marco é uma das que mais frequentamos. A quantidade e sobretudo a qualidade dos sorvetes é um espanto! Deliciosíssimos, são avidamente disputados por turistas , atraídos por sua fama.
Os italianos ( idosos de fato) tem o agradável costume de passar horas a fio numa mesa de alguma cafeteria saboreando preferencialmente, cafés mas usualmente também vinhos brancos. Faz sentido, uma vez que a região produz excelentes produtos e um pouco ao norte de Trieste está a localidade de Prosecco.Mas essa Prosecco aí não tem nada a ver com o espumante. Veja Aqui um excelente comentário de uma pessoa que visitou a região de Treviso.
O que espanta mesmo a nós brasileiros em particular é a quantidade de cães que circulam junto a seus donos. Não importa a raça ou o tamanho: o dog é persona grata em qualquer restaurante, farmácia, supermercado,sorveterias ou cafeterias e mesmo nos elevadores. até nos ônibus os lalaus tem cadeira cativa. É impressionante.
Outro fato desagradável no convívio diário com os italianos é o absurdo como fumam. Homens, mulheres, idosos ou não, fumam desregradamente, em qualquer lugar. Evidentemente constatei que alguns, educadamente, saem dos recintos fechados e fumam na rua. As lixeiras, espalhadas pelas ruas, sistematicamente localizadas em pontos estratégicos, possuem um digamos, nicho,que utilizam exclusivamente para apagarem seus fedorentos cigarros.
Outro fato desagradável no convívio diário com os italianos é o absurdo como fumam. Homens, mulheres, idosos ou não, fumam desregradamente, em qualquer lugar. Evidentemente constatei que alguns, educadamente, saem dos recintos fechados e fumam na rua. As lixeiras, espalhadas pelas ruas, sistematicamente localizadas em pontos estratégicos, possuem um digamos, nicho,que utilizam exclusivamente para apagarem seus fedorentos cigarros.
Mas tem o lado bom ,claro de se sentar a uma mesa e saborear um vinho . Mulheres em geral ou tomam o vinho branco ou aquela bebida avermelhada que chamam de aperol; dei uma bicadinha uma ocasião na taça de maria Inês e confesso que parece um xarope.
Depois de passar pela Piazza d'Italia fui caminhando meio sem destino, mas visando aquela parte medieval que falei ali acima e com pouco tempo, cheguei ao antigo teatro romano. Construído e no século I DC,, na nossa era foi descoberto somente em 1814 em 1938 começaram as obras de demolição de várias casas que o cobriam e as estátuas que decoravam suas salas foram levadas para o Museu Cívico(fiquei devendo essa visita).
Ali perto, a um passo da Piazza d'Itália, ruelas com não mais de dois metros de largura, configuram o fato da medieval idade do local. Um dos itinerários que também conheci, foi um dos poucos monumentos restantes do tempo do império romano que está de pé: o Arco di Ricardo, ou o que restou dele.