segunda-feira, 30 de maio de 2016

A ida que não foi

Ensimesmado.... 


Essa é a palavra que me ocorre ao me ver diante aqui do meu PC, tracejando esses pensamentos quando na verdade, deveria estar dentro do avião junto com meus amigos, rumo ao sertão da Paraíba para percorrer os Passos de Padre Ibiapina. Uma caminhada de uns 150 km pelo sertão paraibano

Minha alegria são as caminhadas, entretanto uma lesão no quadril está impedindo que percorra as trilhas que ainda faltam.

Trato com cuidado essa "amiga" pois de nada adianta blasfemar contra ela. 

Vou entendendo que a felicidade não é uma coisa constante. ela ás vezes passa ao largo de sua vontade. Nem sempre "fala" com você. Pode dar sinais de fumaça, bem aí a seu lado e aí cabe a cada um perceber o momento e capturá-la.

Diante do questionamento que ás vezes me faço, ou seja, me perguntar se errei ou se exagerei na dose das coisas e atitudes não chego a uma conclusão definitiva. Posso dizer que isso é inerente á minha vontade?

A natureza humana e a liberdade humana são coisas interligadas.

Dessa liberdade, que nos é inata, nasce a escolha. Cada individuo é livre para fazer escolhas na vida. O que se pode questionar é se essas escolhas são espontâneas ou induzidas.

Fiz a livre escolha de participar de longas caminhadas, sem ao menos avaliar se isso seria prejudicial ou não. Agora vejo que  me afetaram. Um pouco só, na verdade. Espero e acredito que vá superar esse digamos, obstáculo.

Sigo em frente.




A banalização da cultura



Neste findo mês de maio,as manchetes mais impactantes na mídia,excluindo claro, a retirada de Dilma do poder e a consequente ascensão de Michel Temer ao Planalto num momento anterior, foram sem sombra de dúvida, as referentes à extinção do Ministério da Cultura, com a criação da Secretaria da Cultura e posteriormente a recriação do mesmo do MinC por pressão da classe dita "artística".

Aí esta a grande polemica instalada no dia a dia da imprensa logo após a posse de Michel Temer e as suas ações de reagrupamento de Ministérios com a objetiva intenção de economia de recursos. 

Vamos por partes nessa história típica de país terceiro-mundista.

O MinC foi criado e 15 de março de 1985 pelo Decreto 91.144 do presidente José Sarney. Anteriormente, as atribuições dessa pasta eram de autoridade do Miistério da Educação, que de 1953 a 1985 chamava-se Ministério da Educação e Cultura-MEC. 

O ministro nomeado por Sarney foi José Aparecido de Oliveira, mineiro nascido em Conceição do Mato Dentro em 1929 e falecido em outubro 2007. Embaixador em Portugal, foi um dos fundadores da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa, deputado federal dos mais votados em MG, tendo sido ainda secretário particular de Jânio Quadros.

O MinC é responsável pelas letras, artes,folclore e outras formas de expressão da cultura nacional e pelo Patrimônio histórico, arqueológico, artístico e cultural do Brasil.

Tomando por base o Ministério da Cultura da França-criado por Charles de Gaulle em 1959,descobrimos que "derivado da Renascença Italiana e dos tribunais do Ducado de Borgonha no Renascimento, o Estado tinha um papel fundamental a desempenhar no patrocínio da produção artística em que as artes estavam ligadas ao prestígio nacional que foi encontrado na França desde o século XVI.

Durante o período pré-revolucionário, essas ideias foram aparentes, tal como a criação da Academia Francesa, a Academia Real de Pintura e Escultura e outras instituições de produção artísticas patrocinadas pelo Estado das políticas culturais de Jean Baptiste Colbert e Luis XIV".

Ora, o Brasil antes desses acontecimentos tinha o MEC,evidentemente muito mais direcionado à educação do que à cultura. O país, de total tendencia rural até os meados dos anos 60, não possuía na época,a necessária formação rígida de forte apelo cultural, uma vez que estava mais preocupado em alfabetizar a população e fomentar a produção de alimentos e emprego do que tratar da cultura. Obviamente os personagens políticos da época eram tão ou mais analfabetos culturais que o resto da população.

Foi em 1953 que o governo federal separou o Ministério da Educação e Saúde
(sim, eles eram agrupados) em dois: O Ministério da Saúde e o da Educação. Essa divisão portanto acabou-se em 1985 com o ato de José Sarney.

Na época, Sarney mandou para o Congresso uma série de justificativas para implementar essa mudança, todas elas em forma de lei, como o crescimento populacional e sobretudo a importância da educação na construção do país.

Com isso fez ver também a necessidade da criação de uma pasta específica para a Cultura, como premissa básica para cuidar da preservação do patrimônio artístico e cultural da nação. Na verdade, a índole de Sarney- que se diz escritor e literato- não estava errada. Julgo muito procedente sua ação e a criação de um verdadeiro espírito de Cultura neste país era um imperativo. 

A bem da verdade, a educação como um todo sempre foi um GRAVE  problema no Brasil .Ninguém até hoje deu à Educação o verdadeiro valor que ela merece.

Não será necessário enumerar aqui as condições básicas para qualquer país tornar-se uma potencia mundial, Mas a educação de seu povo é peça FUNDAMENTAL.Um exemplo clássico é a Coreia do Sul.

Portanto, quando Michel Temer separou a cultura da Educação, obviamente visando diminuir os gastos públicos, completamente arrasados pela administração dilmo/petista, inúmeros representantes da classe artística se levantaram  promovendo uma tremenda "guerra midiática" contra a atitude de Temer. 

Assim, os que defendiam a volta do MInC, deveriam manter a mobilização nacional para mudar a política de gestão, sobretudo a Lei Rouanet- e demonstrar que o objetivo era, de fato, a defesa da cultura brasileira e não uma ação corporativista visando a manutenção de alguns privilégios para a obtenção de (mais) lucro financeiro com o patrocínio da citada lei. Eis Aqui como funciona a Lei Rouanet e Bem aqui, a relação dos ex ministros da Cultura.

A bem da verdade , interesses inconfessáveis estão em jogo nessa disputa sob esse digamos, "sublime manto" de que o MinC é uma "cultura de Estado" conforme se expressou Caetano Veloso, sabidamente beneficiário do "esquema", além de outros "renomados" artistas generosamente contemplados com os benefícios da lei.

Será mesmo que essa "elite cultural", os "artistas famosos" ou mesmo parte dessa mídia safada que venceram a queda de braço com o presidente em exercício, realmente QUEREM o fomento da cultura ou simplesmente querem encher seus bolsos e de seus familiares, à custa de nosso suado dinheirinho de impostos?

Ainda assim, esse nosso país cheio de vícios explícitos, mantidos por esse aparelhamento fisiológico, o cargo de "ministro da Cultura" podemos dizer que é uma "casta" da soberania intelectual, que concede à maioria de sus ocupantes a grande dádiva de comandar a cultura.

A grande merda disso, na minha opinião é que o status de ministro não resolve nada mesmo dos graves problemas da cultura nacional, a não ser o foco financeiro distribuido para os amigos do rei.

A lei Rouanet em si não é o problema. Este reside nas pessoas que comandam o departamento que regula a distribuição da grana. Sim, ao examinar os pleitos que, imagino, chegam aos montes no MinC, são devidamente checados e avaliados para ver quais amigos serão contemplados. 

Vejam AQUI um exemplo de como são distinguidos os amigos do rei, aqueles que defendem veementemente o governo petista. 

Alguém em sã consciência pode concordar com ISSO AQUI?

A volta do MinC, com mais recursos financeiros e a adoção de melhores politicas públicas de cultura de fato, eficientes e modernas, precisa sim ser uma conquista,mas do Estado Democrático de Direito, que permita uma gestão cultural menos politizadora e corporativa e se converter numa ação mais dinâmica, democrática e geradora de emprego.

Ontem, 29 de maio, assisti a um documentário na Globo News, onde Fernando Gabeira mostrou a penúria com que os museus históricos de Minas Gerais, com que suas tri centenárias igrejas barrocas sofrem para a preservação desse maravilhoso patrimônio. 

Muitas igrejas estão na penúria e sob ameaça de destruição por cupins e falta de manutenção. Funcionários responsáveis não recebem dignos salários e não sabem a quem recorrer contra os ladrões do patrimônio histórico.

Dá muita raiva ver que nosso dinheiro é destinado a setores nada comprometidos com a cultura e sim com o bolso de alguns apaniguados, cuja "cultura" não passa de uma grande MERDA!

Como um país pode ser feliz com uma putaria igual a essa da foto, financiada pela lei Rouanet?




sexta-feira, 27 de maio de 2016

Corpus Christi



Expressão  latina que significa " Corpo de Cristo", é um evento baseado em tradições católicas, realizado na quinta feira seguinte ao domingo da Santíssima a Trindade, que por sua vez, acontece no domingo seguinte  ao domingo de Pentecostes.

É uma festa de guarda, onde a participação da Santa Missa neste dia é obrigatória para os  católicos, na forma estabelecida pela respectiva   conferência episcopal.

Neste ano fiquei em Belo Horizonte na companhia de minha mãe,que está convalescendo de um grave virose, mas graças a Deus esta se recuperando bem nos seus 88 anos. 

Eu e ela.





sexta-feira, 6 de maio de 2016

O desenrolar do Impeachment

Meu espírito anda inquieto com a minha inatividade.

Deixo claro que é uma questão física, pois estou me tratando de uma lesão no quadril. Explico:a cartilagem do fêmur está algo desgastada e isso me impede de fazer longas  caminhadas, conforme é  minha índole. Os procedimentos médicos foram feitos e pratico apenas algumas pedaladas para não perder o pique, uma vez que não há impacto e atrito.

Invejo alguns colegas que estão nos caminhos, exultantes com a natureza e com os lugares por onde transitam.
                                   


Então passo as horas da tarde assistindo, dentre outras atividades, o desenrolar do processo de impedimento  da Sra Dilma Roussef.

As projeções indicam que ela será mesmo afastada  um vez que o relatório de Antonio Anastácio foi  contundente.

Escrever sobre o processo politico que assola o país, tem sido a principal ocupação da grande maioria da imprensa. Tenho cá para mim que tudo isso que estamos passando poderia ter sido evitado, senão vejamos.

Em 2003 assumiu o Sr Luis Inácio, com um discurso apaziguador, totalmente diferente daquele que ele e seu partido apregoavam por anos a fio. Lançou uma "Carta aos Brasileiros", onde mostrou sua face moderada- que mais tarde veríamos falsa- numa tentativa de acalmar os mercados e evidentemente ampliar sua base eleitoral.

Na época, a divulgação das pesquisas que apontavam o favoritismo de Lula era acompanhada de turbulências nos mercados de cambio e ações. Então o lançamento da carta norteou a campanha e antecipou a guinada econômica para o centro, que os petistas no poder haveriam, por um certo período, de concretizar.

Então Lula- hoje desaparecido do noticiário- uma vez que foi denunciado pelo PGR- passou a destacar a importância da estabilidade econômica. "Ninguém precisa me ensinar a importância do controle da inflação, pois passei minha vida sindical indignado com o processo de corrosão do poder de compra dos salários dos trabalhadores. Quero agora reafirmar esse compromisso histórico de combate à inflação, mas acompanhado de crescimento, da geração de empregos e distribuição de renda".

Após tomar posse em 2003, Lula ignorou resistências de alas do PT e elevou os juros para conter a inflação.

Hoje, dia 6 de maio de 2016, assistimos incrédulos uns, indignados outros, a corrosão dos salários pela alta inflacionária, o aumento brutal do desemprego, a quebra total da Petrobrás, o endividamento da população via aqueles créditos consignados para compra de bens materiais,- uma ilusão passageira-, o rebaixamento do Brasil pela agencias externas, a queda vertiginosa do PIB e por fim a inédita e incrível atuação da operação LAVA JATO. 

Acima eu disse que isso poderia ter sido evitado. Como?

Imaginemos no cenário posterior a 2003,com Lula desfrutando de alto índice de popularidade, com o país crescendo a taxas interessantes, favorecidas pela conjuntura econômica mundial, com o mercado externo adquirindo nossas commodities a preços reais e lucrativos- e se Lula, num rasgo de honestidade e fibra de estadista, ousasse providenciar atos e atitudes do bem, que visassem o desenvolvimento do país, com incremento do nível educacional das pessoas, com plena atividade de trabalho honesto, implantação de obras de infraestrutura devidamente organizadas e fiscalizadas, etc.. como estaríamos hoje, dia 6 de maio de 2016?

Porque esse "mais honesto do mundo" não fez a coisa certa? O que levou esse crápula a associar-se com os comunistas do Foro de São Paulo( Fidel Castro à frente) com a finalidade de implantar aqui, nesse imenso o promissor país, um regime ordinário chamado de bolivariano, onde tudo que esse maldito sistema almeja é colocar suas mãos nojentas em todos os setores da sociedade, destruindo tudo ao seu redor,em benefício de uma casta de ladrões dos mais abjetos que se tem notícia.

Instalou-se no país uma "organização criminosa cuja finalidade é dilapidar o patrimônio da sociedade"( segundo o Procurador Geral da República por ocasião do julgamento do mensalão) em beneficio de uma causa completamente perdida, sabidamente destrutiva. Os exemplos de Cuba, Coreia do Norte, Argentina, Venezuela, Equador, etc., estão aí para provar tudo.

Hoje, Lula está denunciado pelo PGR, Dilma teve seu impeachment aprovado pela Comissão no Senado, altos comissários petistas estão na cadeia, empresários de grande poder de fogo enjaulados e outros com prisão a caminho.

O regime de "compra de votos no congresso" idealizado por Lula e seu bando, deu nisso que estamos assistindo. O país quebrou, o povo desempregado, o PIB abaixo da crítica e as previsões das agencias não são boas.

Dilma, essa total ignorante e incompetente, vai ser defenestrada do Planalto por praticas ilícitas e absoluta ingovernabilidade.

Vamos aguardar os próximos acontecimentos, pois Michel Temer vem aí com alguns elementos suspeitos a tiracolo, como por exemplo Romero Jucá. Como confiar num individuo desse?

Leia aqui a íntegra da "Carta aos Brasileiros".




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