sexta-feira, 14 de setembro de 2018

A facada em Bolsonaro


Foi assustador assistir ao vivo aquela cena dramática de um individuo se aproximando, sem nenhum escrupulo, do candidato Jair Bolsonaro e de repente, desferir-lhe uma facada ágil e certeira no abdomem. 
A expressão de dor demonstrada por Bolsonaro, não dá a nós meros expectadores, a menor condição de avaliar o dano físico e moral daquele ato insano.

Um braço providencial, guiado pela mão do destino, desviou na medida exata, a direção da arma que tinha endereço certo do coração de Jair Bolsonaro. Não fosse esse ato repentino  o candidato não teria sobrevivido. As imagens são chocantes.

Segundo as fontes da midia, e dos proprios filhos do candidato, a lamina passou a milimetros de uma lesão arterial de capital importancia.

De imediato, as pessoas ali ao lado pegaram Jair Bolsonaro e o levaram ao carro que o conduziu ao Hospital da Santa Casa de Misericordia para, felizmente, ser atendido prontamente por uma equipe de cirurgiões da melhor qualidade. Estava salvo nosso candidato!

O assassino foi rapidamente imobilizado e levado pelos policiais para a delegacia onde foi instaurado o inquerito. Autor confesso, ele não terá a piedade de ninguem, a não ser dos seus mandantes,co-participantes( ao que tudo indica) e advogados que, subitaamente apareceram em numero de 4 , pagos não se sabe por quem.

Jair Bolsonaro transformou-se ao longo dos ultimos meses, na tábua de salvação dos brasileiros indignados com a condução politica das nossas pseudo autoridades dos poderes instituidos.

Os 13 anos de governo do PT - associado ao MDB e á banda mais podre dos demais partidos- deixaram o país numa situação de penúria, a despeito das alegadas condiçoes manifestadas pelo seu guru Lula que, mentirosamente,alardeia que tirou 36 milhoes de brasileiros da miséria. Pura mentira. O Brasil tem hoje perto de 13 milhoes de desempregados.

O poder judiciário é um trauma na vida dos brasileiros, pois uma vez ladrões e corruptos presos, sempre há quem os soltem. A Lava Jato e o Juiz Sérgio Moro, junto a Policia Federal e os Procuradores do Ministério Público, são a nossa esperança.

O poder Legislativo não tem a minima credibilidade, quando a grande maioria dos seus membros são ou estão envolvidos em casos de corrupção e roubo do dinheiro público.

O poder Executivo está totalmente perdido no meio de escandalos do mais alto dirigente aos seus mais diretos auxiliares. Ministros são trocados a cada mes, ao sabor do toma lá dá cá.

Nesse contexto surgiu Jair Bolsonaro que é humilde em reconhecer suas próprias limitações. Suas lacunas vão aos poucos sendo preenchidas. Torna-se mais confiavel com seu sorriso genuino e franco.Parece ter adquirido a confiança de liberais e conservadores e essa união é benéfica para o país.Isso é uma estratégia inteligente.

Trouxe Paulo Guedes para ser seu ministro da Economia que, de forma didática em suas falas, nos lembra de que depois de "tanto tempo de estatismo, e social democracia, criou-se no país uma legião de prisioneiros cognitivos.

Acostumou-se tanto aos disseminadores da politica viciada do esquerdismo que, quando surge um candidato popular de direita, o assombro é gigantesco. 
Assim o candidato terá que ser demonizado, desconstruido e demolido, com base em qualquer injuria surgida".

Vamos orando e pedindo a Deus que Recupere a saude total de Jair Bolsonaro, pois caso vença a corrente do mal estaremos TODOS no caminho da Venezuelização. Deus nos livre.

Sugiro que leiam o livro: O Eixo do Mal Latino Americano e a Nova Ordem Mundial, de Heitor de Paola.











terça-feira, 11 de setembro de 2018

Os 60 anos da Arquidiocese de Vitória e as celebrações da Santa Missa


Realizou-se em Vitória-ES, de 1 a 8 de setembro, o 1º Congresso Eucaristico Arquidiocesano, em comemoração aos 60 anos de fundação da Arquidiocese de Vitória. 

A Diocese do Espírito Santo foi erigida canonicamentye pelo Papa Leão XIII no dia 15 de novembro de 1895, por meio da bula Sanctissimo Domino Nostro, á partir do desmembramento da então diocese de Niteroi. durante os seus dois primeiros anos ficou sobre a administração Apostólica de Dom João Fernando Tiago Esberard, arcebispo do Rio de Janeiro. Em 1897, tomou posse seu primeiro Bispo Dom João Batista Correia Nery.
                                                 
No dia 16 de fevereiro de 1958, o Papa Pio XII, por meio da bula papal Cum Territorium, elevou a diocese à cartegoria de arquidiocese e Sé Meteropolitana, passando a denominar-se Arquidiocese de Vitória do Espírito Santo.
                                              
Em razão desse efeméride, o atual Arcebispo, Dom Luis Mancilha, enredou uma bela semana de festividades religiosas, que atraiu milhares de fiéis de todo o estado.

Por esssa ocasião, o Papa Francisco concedeu indulgencia plenária aos fiéis que cumprirem os requisitos necessários. Mas o que é indulgencia plenária?

Em sua bula Misericordiae Vultus: "a indulgência de Deus, através da esposa de Cristo, a Igreja, alcança o pecador e liberta-o de qualquer resíduo das consequencias do pecado, habilitando-o a agir com caridade, acrescer no amor em vez de recair no pecado".

Isso significa que a indulgência é a força de Deus fortalecendo nossas fraquezas para não voltarmos a cometer os mesmos pecados.

Logo no primeiro dia  ás 18 horas, participei da instalação assistindo a missa de Dom Geraldo Lyriio, Arcebispo emérito de Mariana-MG e no domingo, dia 2 , assisti de perto á sensacional celebração da missa na forma exytraordinária do rito romano, presidida por Dom Fernando Areas Rifan, Bispo da Administração Apostólica Pessoal de São João Maria Vianey, de Camos -RJ.
                               

A Diocese de Campos tormou-se uma dissidencia da Igreja Católica tradicional, em função das decisões do Concilio Vaticano II.

O Concilio Vaticano II teve por missão colocar a Igreja Católica em diálogo com o mundo moderno suplantando questões que não foram resolvidas desde o advento da Revolução Francesa, ainda no século XVIII. 

Entretanto, houve dentro da Igreja, diferentes interpretaçõesquanto a este evento: o grupo dos progressistas entendeu  o Concílio como sendo o inicio de uma nova Igreja, sem ligação com os outros vinte Concílios anteriores e que marcaram a doutrina católica ao longo de dois milenios. 

Houve ainda aqueles que entenderam o Concilio Vaticano II, como  o elo entre a Igreja do Século XX em diálogo com o mundo moderno, mas sem perder a continuidade enquanto instituição bimilenar e houve ainda o grupo dos ultramontanos que interpretaram o Concílio como uma manobra progresista para auto destruição da Igreja. 

Nesse ultimo grupo destacaram-se dois nomes: Dom Antonio de Castro Mayer e Marcel Lefrebvre. Dessa forma  estes dois irão marcar história do catolicismo no seculo XX que amrcaram este que foi o maior evento cristão do século.

Para ainda melhor ilustrar a  compreensão desse fato histórico sugiro ler o artigo aqui

A semana prosseguiu com inumeras solenidades, todas realizadas na praça defronte a Igreja, para culminar no dia 8 com a sensacional Missa no rito greco-romano, presidida por Dom Farés Maakaroun, eparca emérito da Eparquia Greco- Melquita de Nossa Senhora do Paraíso, em São Paulo.










sábado, 1 de setembro de 2018

Impressoes sobre uma viagem no trem da Vale- Belo Horizonte a Vitória


Cheguei com boa antecedencia à estação ferroviária, a antiga estação da Central do Brasil, inaugurada nos anos 1920.
                                                   
Estava crente que a partida seria como antes, às 7 horas, portanto ás 6:40 h lá estava eu na fila de embarque,onde um grande número de pessoas se aglomerava á entrada portando malas e sacolas, num empurra-empurra para desespero do fiscal.Algumas senhoras parece, estavam mais apressadas que outras com medo obvio de perder o trem.
                                                       
Eram pessoas de todas as classes sociais. Interioranos do Vale do Aço,funcionários diversos da Vale, senhoras da capital maquiadas e ostentando brincos e colares, com malas de grife, rapazes e moças com mochilas e seus inseparáveis smartfones e ainda um ou outro deficiente fisico em cadeiras de rodas. O trem dispõe de uim vagão com espaço para cadeirantes.

                                          

Passei pelo bilheteiro e me dirigi ao carro-executivo numero 4, localizado a uns quatro carros atrás da da locomotiva. Pelo trajeto observei com certo desapóntamento, o desgaste da pintura dos vagões que nada pareciam àqueles novíssimos vagões de quando embarquei quatro anos antes.Parece que a Vale se descuidou desse importante aspecto.  

                                               

Ao adentrar o vagão, notei boa limpeza geral e o excelente estado de conservação das poltronas, objetos sujeitos ao rápido desgaste em função do uso em si e da já tradicional falta de zelo do  viajante comum.O comportamento educacional de muitos deixa a desejar, pois observei muitos (jovens) com os pés nas poltronas, como se estivessem em suas casas. Fui forçado a chamar a atenção de uma  garota, tal o incomodo que me causou.

Acomodei-me na poltrona numero 56, do lado esquerdo do carro onde constatei que minha visão do panorama através da larga janela estaria algo prejudicada pela coluna dessa janela. Não dava para trocar de lugar, pois o vagão estava cheio. Os demais passageiros foram se instalando, com malas e sacolas barulhentas e de diverosos tamanhos e conteúdos. Ajudei um casal de idosos a colocar suas sacolas no maleiro acima e ainda apontei para outro casal perdido o lugar certo de suas poltronas.

O vagão é claro, limpo e bem iluminado. Nas junções das poltronas existem tomadas de 220 v para se usar com qualquer dispositivo eletronico. Um painel luminosos em led, corre rápido acima das duas portas  informando sobre tempo, temperatura, horário, nome da estação, etc. tudo isso completado pelo som do auto falante com anuncios os mais diversos .

Com uma pontualidade britanica, ás 7:30h, com um tranco leve e suave, seguido de um apito característico, a composição pos-se em marcha, rumo leste à cidade de Vitória no seu destino 

A meu lado está uma senhora que assim que o trem partiu, tirou de uma sacola os apetrechos para um que me pareceu, trabalho de crochê. Uma bela toalha estará sendo confeccionada.
                                                     
Passei a observar o desfile de paisagens já para mim tão familiares pois são componentes  do mesmo trajeto do metrô que uso para ir do centro á casa de minha mãe. Cruzando tambem com os carros do metrô em sentido contrario, em seus coloridos vagões, passam as estações de Santa Efigenia, Santa Teresa e Horto. Aqui o trem deriva á direita, rumo a General Carneiro, Caetano Furquim, etc.
                                                             
                                                                 




Assim que saimos do perímetro urbano, volto minha atenção ao meu tablet para procurar algo para ler. O wi-fi da Vale, apesar de anunciado não funciona. Só o 4G mesmo. Meu tablet não tem 4G e uso mais o celular. Pensando na dureza que será passar o tempo, tirei da mochila o livro 'Memórias do Carcere", vol. II do consagrado autor alagoanao, Graciliano Ramos, nascido em 1982.

Esse notável livro foi fruto de seus trezentos dias de prisão, uma vez que foi membro do proscrito Partido Comunista. Graciliano morreu em 1954.
Li um pouco, atenção ainda desviada para o cenário que se descortina de minha janela.. Volto ao celular para umas notícias do WhatsApp, sobre a saúde de minha mãe.

                                                                        
Na Estação Horto o trem  deriva à direita, fugindo do meu traçado diário do metro quando vou para a estação Santa Ines, onde mora minha mãe. Passarelas amareladas, vagões e maquinas enferrujadas se acumulam na estação Horto.  

Sua pequena e antiga estação me lembra as antigas estações da extinta RMV( Rede Mineira de Viação)bastante comuns pelo interior de Minas, hoje em dia muitas delas em ruinas. Uma pequena parte delas foi recuperada.
Logo passam as oficinas da antiga EFCB- lotada de maquinas e vagões agora com o símbolo da MRS
Cruzamos o viaduto em São Geraldo, obra importante da Vale que desafogou o intenso transito de veículos para os populosos bairros de Boa Vista, Nova Vista, São Geraldo, etc.
Desse ponto avisto á esquerda, dois dos altos prédios pertos de onde mora minha mãe.
Ali á frente passo pelas pequenas casas onde numa delas  morou o  Sr Geraldo, exímio marceneiro que  fabricou meus móveis de casamento.
                                    

Ao lado passam as últimas habitações, humildes e desgastadas, neblina nos morros e a maquina  apita bastante como que  espantar meninos e cachorros.
                                           

Estou na janela 56 e não se houve aquele barulho desgastante das rodas nos trilhos.A composição segue devegar, como que tomando precaução contra possíveis impecilhos ou mesmo pessoas ou veículos atravessados. Nada, absolutamente nada parecido com o trem que tomei de Roma a Florença que desenvole velocidade de 270 km/h. O Brasil está muito longe dos paises desenvolvidos.
Agora passamos da cidade rumo Sabará. Observo desolado a secura da vegetação, afinal estamos  na época seca.
                                                          
Vem o carrinho de lanches empurrado por um falante vendedor, oferecendo biscoitos, sucos etc.e a reserva do almoço.

Resolvi trazer meu lanche de casa devido uma desagradável experiência anterior com a comida servida. Preparei na noite anterior sanduiches, com frutas e suco de laranja. Me fez falta na viagem o café, quente e fresco sem açúcar que estou acostumado a tomar.Fui experimentar o que é servido  nos carrinhos e não tive coragem de tomar pois parecia um melado escuro. Uso os cafés da Serra do Caparaó, que me são enviados pelos Correios. São incomparáveis! 

Pequenas localidades passam, com suas pobres casas, na maioria  sem reboco. Um imundo ribeirão Arrudas passa logo abaixo, indo despejar no rio das Velhas sua carga contaminada.

Aparece subitamente um comprido túnel  que escurece o vagão e logo as luzes do trem compensam. Saímos do outro lado e vejo agora que ainda vasta neblina baixou sobre os morros e sobre a surpreendente mata verde  intocada que se estende por muitos quilômetros.

Atravessamos imensos viadutos sobre profundos vales e nas  matas adjacente enormes embaúbas despontam com suas prateadas folhas.
                                                  

Passo agora sobre viadutos de uma imensa jazida de extração de ferro. Acredito ser a mina de Congo Soco. Lá embaixo, enormes caminhões parecem de brinquedo. O trem segue silenciosa e suavemente em velocidade que, seguramente não vai além de 60 km/h.  
                                              
Boa coisa! E segue a neblina cobrindo os vales. O tempo parece o de chuva, nuvens pesadas escurecem o céu! 

À minha direita a cidadela ou vila que não consigo identificar, assim como outras a seguir. E olha que sou bom em geografia.

Paramos agora em Dois Irmãos onde os passageiros que se destinam a Santa Barbara e Barão de Cocais devem descer. Tempo: 3minutos! Ainda volto aqui para ir ao Brumal, o belo e mais antigo distrito de S Barbara. Como estou à esquerda do vagão, apenas vislumbro o cenário a direita, sem poder fotografar a cena. Sei que aquela alta montanha lá à direita é a Serra do Caraça e ao longe, aquele amontoado de casas é a cidade de Santa Bárbara.
                                                    

           
A pequena estação de Dois Irmão passa e mal consigo vê-la tal o tamanho do trem. Meu vagão é o quarto depois da locomotiva e a composição deve ter uns 20 carros. Assim as paradas são apenas um ponto onde as pessoas embarcam ou desembarcam sempre fora da plataforma.

Avisto os carros e ônibus q conduzem os desembarcados para Santa Barbara e Cocais. La abaixo esta Santa Barbara. Meus amigos Ricardo e Marcos, pintores la de BH sempre vêm aqui nesse trem e daqui seguem para o Brumal, distrito de SB.
                                              
O trem acelera mais um pouco com o trajeto menos sinuoso. Seguimos. Os constantes comunicados do auto falante às vezes não me trazem o isolamento necessário ao arranjamento das ideias para escrever essa rápida crônica.

É muito ruim e dificultoso teclar nesse minúsculo Iphone. Muitos erros de grafia vão me tirando a paciência. Persistir é necessário, se não acaba a viagem e não termino. A senhora  ao lado continua absorta no seu crochê.



Avisto a seguir um dos muitos depósitos de rejeitos de minério, comuns nessa região de extração e que nos são de triste memória pelos fatos acontecidos com Bento Rodrigues e Duas Barras.
                                   
A seguir cruzamos a represa do PETIT de aguas muito claras. O serviço de auto falantes anuncia as estações e transmite informações. Agora informam que estará disponível um funcionário que vai recolher os pedidos para o almoço, terceirizado a uma empresa.

                                          

As “quentinhas” serão servidas ás 11 h  nas próprias poltronas, dotadas de mesinhas como as dos aviões.

Um grande comboio de minério cruza em sentido contrario.

Uma linha de espera abriga dezenas de graneleiros que transportam inclusive brita, mas, sobretudo minério de ferro, carvão e aço das usinas do Vale do Aço
.
Uma dúzia de funcionários, de uniformes verdes, adentra o trem nessa parada que não sei qual. Menos de 2 minutos.

                           
Próxima parada Rio Piracicaba, também de dois minutos. Daqui se vai a Joao Monlevade. O trem passa devagar, pois fica próximo as ruas.
                                                                   

Às 10h20min Parada em João Monlevade com  sua imensa siderúrgica visível á direita do trem.

Troco de leitura e sigo agora lendo em meu Kindle os horrores da  Segunda Grande Guerra no livro INFERNO de Max Hastings.
                                                     
 
Aproxima-se a estação Desembargador Drummond onde as pessoas que se destinam a Itabira e Nova Era desembarcam.

Como as outras é uma pequena e simples estação.  As 11h15minh paramos em Antônio Dias, um lugarejo encravado numa colina com o mesmo aspecto das pequenas cidades beira rio e o que impressiona é a quase ausência de água nesse rio, afluente do Doce. 11h47min estação Matos Carvalho p Timóteo e Cel Fabriciano.
                                                 

                       
Poucos minutos depois parada de 5 minutos em Intendente Câmara, em IPATINGA onde circulam ao lado da grande usina da USIMINAS muitos carros e caminhões.

                                                         


                       
Cidade populosa e aqui desembarcaram muitas pessoas inclusive a senhora do crochê. Despedimo-nos com um sorriso e uma mensagem de felicidades.

Algumas dúzias de passageiros tb embarcaram, grande numero de funcionários da Usina e ou da Vale. Aproveitei para fazer meu lanche de pão com casca de provolone mais queijo e presunto, acompanhado de um suco de laranja. Banana de sobremesa.     
                
Próxima parada de 1 minuto em IPABA ,minúsculo lugarejo.

                                     
Paradas  a seguir de  Frederico Celo, Cachoeira Escura e Belo Oriente com poucas pessoas para embarque e desembarque.


Passa do meio dia e a leitura do INFERNO dá um sono. Rejeito. Procuro então escrever e também admirar a já cansativa paisagem rala.

Ao longe no horizonte, nuvens negras da chuva que, ao certo, não virá. Estacionados nas linhas laterais ao lado, estão inúmeros vagões de transporte de toras de madeira e ainda velhos carros de passageiros.

Passamos rapidamente pela também minúscula  Estação Periquito .

                                                                 


Continua o visual da pobreza dos casebres ao longo da linha.
Às14 h chegamos estação Governador Valadares, local que pela sua grandeza e importância logística da Vale, tem uma parada  de oito minutos.

Observo um grande pátio de maquinas e equipamentos, bem como intensa movimentação de pessoas para embarque e desembarque.
                                      
Nesse ponto embarcam outros tantos funcionários da Vale, de uniformes verdes ou alaranjados, trabalhadores de nível médio e superior, como o engenheiro que ocupou a poltrona ao meu lado.

Meia idade, baixo, quase calvo e com uma barba tipo petista, puxou logo seu notebook e começou a trabalhar uma planilha que me pareceu sobre mecanização. 
Falou ao telefone algumas vezes com pessoas de outras localidades sobre a tal planilha e sistemas de compras.
Apos GV o leito da ferrovia transcorre mais plano, sempre ao longo do outrora caudaloso e belo rio.


Permanecem aquelas casas. A velocidade é um pouco maior e o serviço de auto falante anunciou um atraso de uns 44 m devido obras no entorno dda cidade de Serra, já na grande Vitória. Putz!

O rio corre aqui ao lado com águas claras, em nada lembrando a terrível tragédia da Samarco, onde por longo período as águas estiveram barrentas e lodosas.
Imagino que o veneno, na forma de metais pesados, esteja decantado no leito do pobre rio.  Uma tragédia como essa em qualquer país medianamente civilizado, daria um processo descomunal de culpabilidade, prisão e multa para os causadores.
                                                                 

As pastagens que observo ao longo do trajeto, estão ressequidas e  amareladas Parece ser de capim colonião e muita vassoura. Ao lado corre estrada asfaltada em péssimo estado de conservação.

Chegamos a Tumiritinga às 14:55h. Segue agora São Tome do Rio Doce para quem se dirige a Galileia. A paisagem é desoladora, pois a seca deixa tudo esturricado e ainda aparecem grandes áreas queimadas, isso ao chegar à Barra do Cuité. Igualmente pobres em suas casinhas tristes e silenciosas. Sem crianças ou pessoas ao redor, mas foi onde vi uma rara cerâmica abandonada.
                    

Magros bois teimam em pastar dura gramínea, com risco de ferir a língua, por onde penetram bactérias nocivas a saúde. Um raríssimo campo irrigado de um cultivo que não consegui identificar.
                                  
Agora se chega a Conselheiro Pena, local de péssima recordação onde numa ocasião, indo visitar minha- na época- noiva, quase perdi o trem por ir procurar comida!

Explico:como disse antes, o trem é bastante comprido e a plataforma é pequena. Aqui em Conselheiro Pena, na ocasião o meu vagão executivo era o penúltimo e a minha fome era imensa. 

Devia ser umas 11 horas da manhã, pois naquela época eu havia tomado o noturno, que saíra de Belo Horizonte ás 20 horas.
No que o trem parou, longe da estação repito, vacilei 1 minuto para decidir se iria ou não até a plataforma comprar algo para comer. Decidido, saí correndo, entrei voando na estação e vi, na quitanda do barzinho ali existente, que não havia nada para comprar. NADA!

Olhei para um bar do outro lado da rua e o barman adivinhou meus pensamentos e disse: “ você vai perder o trem”. ““Eu disse:” De jeito nenhum”.

Parti rápido para o bar á frente, comprei meia dúzia de pasteis e duas latas de Skol. Voltei imediatamente e quando dobrei a porta da estação rumo meu vagão, o trem deu aquele apito e se movimentou.
Eu corri muito e vi que não ia dar. Voltei a correr no sentido do trem. As pessoas aglomeradas no piso entre um vagão e outro nos vagões gritavam para mim: -"Pula!-
Joguei meu saco de pasteis no piso entre dois vagões, e me atirei. Uns caras me puxaram e eu saí ileso!! Loucura!
Peguei os pasteis as cervejas e fui me sentar na minha poltrona, refeito do susto, mas  agora saciado. Nunca mais!

Conselheiro Pena vai ficando para trás . Da janela noto que é uma cidade de bom porte, com meia dúzia de prédios de cinco ou seis andares e pode-se deduzir que tem bom movimento comercial, pela circulação de veículos e pessoas.
A seguir parada Krenak, um povoado de nome indígena, tomado de uma tribo que lá existe.Obviamente a população indígena diminuiu com o tempo.
                                                   

O grande numero de funcionários da Vale, embarcados principalmente em Governador Valadares, falam de tudo, sobretudo sobre o trabalho. 
Alguns comentam sobre o próximo jogo Cruzeiro x Flamengo pela Taça Libertadores de América. Percebo que há uma tendência a apostarem na vitória do Cruzeiro.

O restaurante existente no trem é terceirizado mas não tem um atrativo adequado. Sei lá, falta algo que motive mais o usuário além da fome. Muitos garçons que me pareceram inadequados para lidar  com uma coisa importante que é o manuseio de alimentos, atividade mais propícia ás mulheres.

Não  tem leite quente e o café é um melado de tão doce, logo eu adoro os café arábica  sem açúcar. As 16 h vou p o vagão restaurante esticar as pernas e escutar conversas paralelas ja que no meu vagão todo mundo parece dormir menos eu. Estou preocupado com a  saúde de minha mãe, em como ela ficará na minha ausência . 
                                           
Estação de Resplendor AABB grande volume d’água por causa barragem.
Vai caindo a tarde e a paisagem mais reconfortante: esse mundo d’água no ambiente secamente hostil! As 16:55h chega-se a  Aimorés uma bela e plana cidade, com estação bem construída e bem conservada.
                                        

A seguir veio Baixo Guandu, 10 minutos depois. Pouco movimento de embarque e desembarque. Cruzamos sucessivamente Mascarenhas, Itapina. São 17h30minh escureceu mesmo e não vejo mais nada pelas janelas, a não ser as luzes das casas á beira da linha . 
A seguir vêm Colatina e Joao Neiva. Colatina ao fundo com muitas luzes de referencia. Seguimos para o fim da viagem e nesse ponto uma fina chuva cai sobre a região.
                              

A seguir Piraque Açu, Aricanga, Fundão quando  obras perto da Rod Contorno obrigam a um atraso e o trem terá que fazer um recuo
Esse recuo não foi uma tragédia de atraso, pois era apenas um pequeno retorno dos vagões que seriam tracionados de ré. Nada preocupante. Após Flexal, chegamos a Pedro Nolasco ás 20h40min m, onde Maria Inês me esperava debaixo de uma chuva razoável.
A qualidade das fotos, feitas com celular, não são as ideais justamente devido estar dentro do trem e feitas através de uma janela de vidro sempre suja.

Ufa!! Desembarquei em Vitória 13 horas e meia depois ! Parece bom, mas ao final é cansativo e monotono.







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