terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Luxemburgo.


Domingo passado dia 22 fui á cidade de Santa Leopoldina junto de meus amigos andarilhos, para mais uma caminhada nas montanhas locais, uma prática costumeira que fazemos com prazer e satisfação.
Desta vez em direção ao distrito de Luxemburgo, uma "corrutela"( no dizer dos habitantes do triangulo mineiro) situado cerca de 20 km- contando a distancia do contorno que fizemos- da estrada que liga Santa Leopoldina a Santa Maria de Jetibá, no Espírito Santo.
Santa Leopoldina é uma simpática cidadezinha á sudoeste de Vitória encravada entre as montanhas e o outrora caudaloso rio Santa Maria.
Este rio já foi navegável e serviu de "estrada" para os primeiros imigrantes alemães, italianos, suiços, pomeranos e tirolezes que aqui aportaram por volta de 1857. Veja aqui dados e História
Neste início de 2012 a cidade sofreu graves consequencias por conta das violentas chuvas de dezembro e janeiro, a exemplo do que ocorreu em 2009.Não há como descrever o sofrimento das pessoas frente a tal quantidade de água que caiu num curto período de tempo.
Apesar de tudo a vida prossegue e os habitantes vão dando seu jeito. Abaixo um link para apreciação de inúmeras fotos das belíssimas cachoeiras.
aqui
A cidade, antigamente conhecida por Porto Cachoeiro, foi por várias décadas, o principal polo comercial das montanhas capixabas, graças justamente á sua localização ás margens do rio S.Maria, que  favorecia o acesso ao porto de Vitória.
Santa Leopoldina é um verdadeiro paraíso ecológico com exuberância de várias cachoeiras, fauna e flora e diversidade étnica que conferem à região uma grande potencialidade de turismo, cultura, lazer e prática de esportes radicais. Além da cultura diversificada, a cidade destaca-se, principalmente, pela grande quantidade de cachoeiras belíssimas, que atraem milhares de turistas todos os anos. As principais são:
  • Cachoeira Véu de Noiva - 9 km da sede
  • Cachoeira Rio do meio - 20 km da sede
  • Cachoeira Gruta da Onça - 4 km da sede
  • Cachoeira das Andorinhas - 8 km da sede
  • Cachoeira Parque Hidro Rural Canto das Águas - 3,5 km da sede
  • Cachoeira Ribeirão dos Pardos - 4 km da sede
  • Cachoeira Fumaça - 3,5 km da sede
  • Cachoeira Tio André - 12 km da sede
  • Cachoeira do Moxafongo - 1 km da sede - Interditada
  • Cachoeira do Recanto - 10 km da sede
  • Cachoeira do Retiro - 5 km da sede                                               
O distrito de Luxemburgo conta com uma igreja católica, uma luterana e meia dúzia de casas.
Logo após uma curva acentuada em forte aclive,uma grande casa rosada de 1865 e um pequeno cemitério mais acima completam o parco conjunto local.

Descendentes de pomeranos e italianos aos domingos e dias santificados,  saem de suas pequenas casas e se dirigem ao distrito para a missa ou culto religioso.Após as orações se divertem no tradicional jogo de bocha no único "bolicho" local.
O nosso caminho contemplou as cachoeiras Andorinhas e da Fumaça, sendo esta o ponto final do percurso e faz parte da Pousada Bosque da Prata, onde almoçamos.
O caminho todo foi percorrido em 5h e 30 minutos depois de atravessarmos belíssimos vales e montanhas cobertas de mata fechada, facilitado que foi pela ausencia do forte sol , contrariando as previsões iniciais.
Percorremos trilhas e estradinhas rurais emolduradas por incríveis e ainda intocados nichos de pura mata atlantica, intercaladas por faixas cultivadas por bananeiras e cafezais. Inúmeras cachoeiras de menor porte convidavam para o banho, mas o acesso era impossível, tal a distancia e a altura dos paredões.
De tantos em tantos quilometros o apoio esteve presente com água, frutas e doces.
Pelo trajeto muitas casinhas perdidas no meio da mata, como se fossem testemunhas das épicas jornadas dos bravos imigrantes, que naquele tempo enfrentaram as intempéries, a mata, animais ferozes e a difícil subida abrindo picadas na mata para então se estabelecerem naquela região.

                    Característica típica dos imigrantes são as fartas hortas e os jardins floridos.

Ao final chegamos á Pousada Bosque da Prata ás margens do caudaloso rio da Prata, nessa época de fortes chuvas apresentando um caudal forte e perigoso, o que de ceta forma inviabilizou o tradicional banho.

De outras vezes que lá estivemos aproveitamos sua água fresca e limpa para diminuir o calor, mas desta feita não foi possível, tal o volume e a periculosidade das corredeiras.
Alí almoçamos e nos impressionamos com a grandeza  da cachoeira da Fumaça, que não pode ser vista de sua base pois a altura do despenhadeiro é excepcional. Calculo que deve ter mais de cem metros de altura.
Abaixo mais algumas fotos do caminho.

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