O
relógio despertou às 5.30. Estava mesmo gelado e não dava coragem de sair de
debaixo daquelas quentes cobertas.
Meio a contra gosto levantamos e
o problema foi lavar o rosto com aquela água geladíssima da
torneira, então a solução foi ligar o chuveiro.
Arrumadas
as coisas, mochilas fechadas fomos para o café da manhã, servidos com o mesmo
esmero e qualidade que o jantar anterior. Neste café a entrada diferenciada foi aquele
barquinho de mamão papaia sustentando salada de morango.Todos aprovaram e garantiram copiar a receita.
Despedimo-nos
daquele cordial casal, suas filhas e saímos pelos campos gelados do Zinco em
direção a Rodeio
Pelo
caminho fotografamos as cabanas e constatamos a solidão daquele ermo lugar, sem
cultivo de coisa alguma ou algum gado bovino. Apenas campos isolados e frios.
As
mochilas e o JA foram no taxi, previamente contratado e que na verdade era o
mesmo de Benedito Novo, na pessoas de Sr Edson, figura da melhor qualidade.
Descemos
a íngreme ladeira subida na véspera e rapidamente eu e Elizete, oito km depois,
chegamos a uma encruzilhada onde há um ponto de ônibus e um cachorrinho negro por
mim apelidado de "barack" a nos recepcionar.
Ficamos
alguns minutos ali para comer umas bananas e tomar água.
O
caminho dali para frente não apresentou muitas variações, vimos ao longo da
estrada imensos campos de pinus e eucaliptos que sustentam as serrarias locais
e ainda a constante prsença de belas casas rurais de madeira.
Caminhamos
com passos firmes e por volta das 10.40 vimos uma inscrição que Jorge fez no
chão avisando que estava no rumo certo.
Apertamos
o passo e ao longo de uma vasta planície o avistamos ao longe, subindo uma
forte ladeira. Quando o alcançamos já estáva no alto da serra, preparando-se
para a descida.
Uma
pickup nos alcançou e o motorista nos perguntou o que ali fazíamos.
Depois das
explicações nos convidou a subir mais uns 2 km morro acima e apreciar o local onde a
empresa dele construía a maior tirolesa do Brasil. Não nos animamos e fomos
descendo a imensa serra em direção a Rodeio, cruzando ainda com alguns
ciclistas que faziam o Circuito no sentido inverso.
Descemos
até alcançarmos um lugarejo de nome Ipiranga onde apreciamos a igrejinha local
de N S de Lourdes estabelecida em 1906.
Várias
casas construídas á beira da estrada não apresentaram sinal de vida, ou seja,
atravessamos toda ela sem ver uma única pessoa
Mais à
frente deparamos com dezenas de estátuas de anjos plantadas á beira do caminho,
ladeando uma enorme do Cristo Redentor. Soubemos que uma pessoa mandara
construí-las, em pagamento de uma graça alcançada.
Continuamos
a descida, sempre cruzando inúmeros riachos que descem daquela imensa serra,
para chegarmos á entrada de Rodeio onde pegamos o calçamentp rumo a pousada da
D.Irene.
Passamos
pela entrada da Vinícola San Michelle, recomendada pelo amigo Haro Kamp da
Pousada do Zinco e que nos servira um excelente vinho de uva italiana de nome
"teroldego".
Ao
passarmos defronte uma fábrica de estruturas de alumínio fizemos uma foto
interessante.
Dalí até
a pousada foram mais uns 20 minutos, passando pelo portal da cidade e hospital
do SUS.
Na entrada
da pousada, bela construção moderna, estilosa e sem muros, JA estava à
nossa espera. Fomos apresentados a D.Irene e Sr Dandy, pesssoas maravilhosas e
hospitaleiras.
Rapidamente
fomos encaminhados aos quartos amplos, limpos e confortáveis, onde tomamos
banho para logo depois irmos ao único restaurante local para comermos uns
sanduiches, já que o horário de almoço estava encerrado.
Fomos em
seguida visitar a Igreja matriz de S. Francisco, que abriga ainda um noviciado
destinado aos estudos teológicos dos alunos da região sul do país. Do alto da
Igreja tem-se uma bela visão da imensa serra que descemos, chamada Serra do
Oitenta.
Quando
voltamos Sr Dandy já estava á nossa espera nos levar até a Vinicola San
Michrelle, onde degustamos uns bons cabernets. Compramos um excelente vinho em
caixa de 5 litros,
com torneirinha acoplada e ainda algumas garrafas para levar para
Vitória.
Ainda
ele nos levou para conhecer nos arredores um hotel de grande porte hoje
desativado, que abrigava os primeiros caminhantes, situado num parque onde
desponta uma bela cachoeira e que administrado pela prefeitura local, serve de
área de lazer para a a população.. Possui área de lazer com barzinho,
balanços,quiosques, etc.
Nesse
meio tempo os outros andarilhos tinham chegado e já estavam prontos para o
jantar. Fomos então para o Caminetto, excelente restaurante situado defronte a
pousada onde tivemos diplomática recepção pelo proprietário Sr Nilton que
nos brindou com farta refeição tipo italiana.
O vinho
completou o cardápio e ao final um bolo serviu de motivo para cantarmos o
parabéns ao José Antônio( JA)
Voltamos
para a pousada para enfim descansar e prepararmos para o dia seguinte, o último
do caminho.
7º dia -
De Rodeio a Apiúna.
Levantamos
um pouco mais cedo que o costume pois o rrecho deste dia seria mais curto,
cerca de 19 km.
Alías menos, pois o caminho traçado e constante do livro-guia começa no hotel
desativado bem na entrada de quem vem do Zinco, sendo talvez uns dois km menos.
Tomamos
o café, fizemos as fotos de despedida do simpático casal e runamos para
Apiúna via Ascurra, cidadezinha cerca de 10 k depois onde se destaca uma bela
igreja anexa a uma construção característica de um colégio daqueles que
só existiam em ciddes do interior absolutamente católicas
Caminhamos
pelas ruas frias ainda desertas até um ponto onde fizemos fotos alusivas ao km
200, até chegarmos por volta das 11 hora ao lugarejo denominado Guaricanas,
onde paramos para descanso, lanche e conversa com um casal que saia da igreja local.
Prosseguimos
agora em passos mais rápidos pois o final estava próximo, sempre acompanhando o
rio Itajaí-Açu ao nosso lado esquerdo.
Quando
avistamos a ponte pensil sobre o rio vimos ao longe as torres da Igreja de
Sant"Ana, nosso ponto final. Foi com alívio e alegria que percoorremos os
metros finais para então no interior da igreja, fazermos nossas orações de
agradecimento pelo sucesso do caminho em que nada desgradável acontecera.
Dali
fomos para um restaurante nas proximidades onde passamos alguns momentos de
descontração, bebericando umas cervejas e o resto da meiota que o A.Falcão
ganhou no di anterior.
Como
o JA trouxe as mochilas de Rodeio, passamos todas para a van que nos levaria a
Navegantes. Nesse momento nos despedimos do JA e família, que acompanhado do
Jorge tomaram o rumo de Urubici, Urupema e São Joaquim para curtirem um
"friozinho", uma vez que aquilo que passamos não deu nem para fazer
cócegas,rs!! Barbaridade!!!
Lá
foram eles e nós para Navegantes na movimentada BR 470.
Chegamos por volta de 16
h e tomamos o Flat Aeroporto, imponente nome para um fraco hotel. Nosso quarto
não tinha chuveiro adequado e tomamos banho frio. Lá fora deveria estar uns
7ºC!! Da janela fotografei a praça em frente ao acanhado aeroporto.
Depois
de estabelecidos e arrumados fomos ao saguão do aeroporto fazer uma hora e a
seguir para uma pizzaria degustar uns chopes, ouvindo um cantor que teimava em
imitar o JA!!
Voltamos
ao hotel para a última nnite catarinense.
&º
dia Navegantes-Vitória
O
barulho dos aviões no aeroporto em frente nos acordou e assim com esse
despertar, começamos a arrumar as mochilas para enfrentar a última viagem.
Tomamos
o café, fizemos o acerto financeiro com a gerencia e no aeroporto ficamos
aguardando a hora do embarque, que se deu ás 10 h, durando o vôo 1h 15 até o S.
Dumont.
Lá
chegando colocamos as mochilas nas costas, o que certamente causou espanto aos
cariocas por verem o desfile de uns abusados mochileiros. Deixamos a tralha
no maleiro do lado de fora do aeroporto e pedimos a um taxista que nos levasse
até o boteco da LApa que ele mesmo gostaria de ir.
Levou-nos
ao Capela Nova, escelente casa de refeição de arquitetuta condizente ao local
do Rio antigo, com azulejos portugueses do século passado ou atrazado sei lá,
onde derrubamos uns chopes e uma cachaça honesta.
Findo
o repasto saimos pelas ruas do Rio antigo fotografando os casarões e os
inevitáveis arcos.
Fica
aqui o registro daquilo que tempos antes, algum diretor levou uma
peça chamada "Greta Garbo quem diria, acabou o Irajá. Digo
então que:
"
Os Andarilhos Capixabas quem diria, acabaram na Lapa"
"Imagens
do Rio antigo,
Berço
de grandes vultos d história,
A
Lapa de hoje,
A
Lapa de outrora
Que
revivemos agora"
Vitória,
15 de juho de 2012
Caros companheiros de caminhada: foram dias de camaradagem e amizade compartilhados com todos vocês. Nesses dias pude redimencionar meus limites e resistência e, assim, fazer alguns ajustes na condução da vida daqui para a frente. Ao JA e ELIZETE, meus agradecimentos pela divertida passagem por URUBICI e Serra do Rio do Rastro, com um final de semana maravilhoso.
ResponderExcluirMaravilhosa aventura, lindas fotos, e que FRIO!!!! Da próxima, aproveita para nos visitar! Uma cervejinha gelada vai ter, com certeza! Talvez até uma branquinha de Minas!
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOlá, pessoal! Boa noite!
ResponderExcluirPassando para divulgar / sugerir a vocês essa linda homenagem à nossa querida Lapa... Confiram no Link abaixo o Vídeo dessa linda canção : LAPA DE HOJE.
http://www.youtube.com/watch?v=j2hvFBnW3EE
Um forte abraço!
Tereh Santos
Valeu Thereh Santos, justa homenagem a esse pedaço do Rio que todos prezamos.
ResponderExcluirObrigada, Ulisses! Grata por ter visto o vídeo e por comentar... Um abraço p você!
ExcluirTereh Santos.
Abraco Tereh,tudo de bom pra vc. Ulisses
Excluir