Tenho acompanhado pelas emissoras americanas nos canais de tv a cabo, os preparativos dos candidatos Obama e Romney na disputa que se dará no dia 6 de novembro.
É digna de elogio a forma que os norte-americanos estabeleceram para suas disputas eleitorais. Os eleitores a cada quatro anos vão ás urnas e escolhem seu candidato e, de modo geral, a eleição guarda certa semelhança com a que ocorre no Brasil..
Entretanto existem duas diferenças fundamentais: uma é que nos EUA o voto é facultativo, isto é o cidadão vai ás urnas se quiser e, caso não o faça, não sofre qualquer tipo de punição e nem precisa apresentar justificativa alguma e isso proporciona a que o candidato tem de correr atrás do eleitor e tentar convencê-lo a votar.
A outra diferença está no caráter indireto das eleições. Ao contrário do Brasil, onde a totalidade dos votos é somada e portanto o total é creditado ao candidato, nos EUA, o voto do eleitor não é creditado diretamente no seu candidato.
Os votos dos eleitores de cada estado( ainda que dados a candidatos específicos) servem para eleger candidatos ao Colégio eleitoral e são estes candidatos que representarão os eleitores de sua unidade federativa na escolha final do presidente.
Desde 1954, o Colégio eleitoral é composto de 538 assentos dos quais são necessários 270 votos para que seja declarado um vencedor.
Existem outras nuances do sistema eleitoral americano nas quais não quero aqui me prolongar, mas o fato importante que tenho notado é que os dois candidatos Obama e Romney, fizeram debates civilizados e cada um apresentou sua proposta de governo, de acordo com suas convicções políticas e de acordo com a cartilha que reza o seu partido.
Existe uma fidelidade partidária que é intrínseca dentro dos conceitos partidários e são raras as ocasiões que o candidato -ou o partido- foge a elas. O eleitor por sua vez se identifica com os princípios partidários de sua escolha e não vota sem saber.
Muito diferente do que ocorre neste pobre e analfabeto Brasil.
Aqui não existe uma linha coerente de pensamento político em nenhuma escala, cada sigla( existem dezenas) procura se alinhar com esse ou aquele partido e quem paga mais leva o apoio que vai, inegavelmente, desaguar na farta distribuição de cargos e dinheiro.
Forma-se assim a nefasta "base de sustentação do governo" através da qual o partido consegue aprovar suas ideias e planos. Tudo comprado, inclusive as mentes e o caráter.
Políticos corruptos e ladrões são eleitos sistematicamente pela população politicamente analfabeta em troca de botinas, dentaduras ou uma simples "bolsa", sistematica que virou lugar comum no governo petista que se instalou na república em 2003.
A prática do roubo do dinheiro público foi o elo que juntou pulhas, ladrões, velhacos e corruptos , agora condenados pelo STF.
Resta saber se irão parar mesmo na cadeia, devidamente acompanhados pelo Chefe-Mor da quadrilha, o Ali Babá.
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