Boff

Tempos atrás postei um comentário sobre Leonardo Boff ,teólogo militante e fundador da Teologia da Libertação,  que encontrei por acaso no saguão do aeroporto de Vitória indo para São paulo.
Naquela ocasião provoquei-o sobre sua ligação com o PT e, mesmo estando atualmente  fora das hostes petistas, defende veementemente a"filosofia" deste partido. Perguntei-lhe o que achava da tremenda roubalheira que os dirigentes petistas estavam encabeçando e qual a posição que ele se encontrava.
A princípio foi relutante, depois concordou e disse que era uma postura totalmente fora dos padrões morais.
A menção de Leonardo Boff vem a propósito de um artigo por ele escrito recentemente e que traduz o meu pensamento sobre o cotidiano.
O cotidiano sobre os caminhos. A sua filosofia leva a procurarmos um caminho visando a proximidade com Deus.Eu  procuro sempre essa proximidade, desde criança.
Assim como  ele, tenho especial atração pelos caminhos, mas no caso aqui especialmente os da roça, que sobem e descem penosamente a montanha e desaparecem na curva seguinte.

Um dos caminhos  que fiz, o das Missões coberto por folhas  de outono, vegetações e cultivos monótonos de soja milho ou arroz, liga uma imensidão a outra e não havia o porque eu ficar me  perguntando o porque da distancia.
Você pega a estrada e vai.
Não importa se o caminho é tortuoso,longo ou cansativo. Ele guarda o seu segredo, suas tristezas ou alegrias e ao encontrar o ponto final traduz satisfação da meta alcançada.
Efetivamente estamos sempre a caminho de nós mesmos.
O caminho foi e continua sendo uma experiencia de nós mesmos, de rumo a ser seguido, sempre indicando a meta e ao mesmo tempo ele é o meio pelo qual se alcança a meta.
Escolhamos sempre um bom caminho, nos dois sentidos!

"Viver é perigoso"( João Guimarães Rosa)