terça-feira, 22 de novembro de 2011

Caminho em Santa Isabel





                                                   Santa Isabel

Os fatos históricos nos dizem que em 1846, D. Pedro II baixou um decreto com a finalidade de recrutar imigrantes europeus para colonizar terras no Brasil.   A Notícia chegou a várias localidades da Prússia Renana onde agricultores viviam muito mal.  Estes se empolgaram e resolveram emigrar para o Brasil com o objetivo de uma vida mais promissora. Em 21-12-1846 os colonos da região do Hunsrück chegaram a Vitória.
 

Em 1847 governava a província do Espírito Santo o Dr. Luiz Pedreira do Couto Ferraz, grande amigo do imperador.  Desta amizade surgiu a idéia de fundar aqui uma colônia para dar lugar aos imigrantes que vieram da região do HUNSRÜCK  na Alemanha.   Foi assim que então nasceu a Colônia de Santa Isabel, cujo nome era em homenagem a santa de devoção da Princesa Isabel, que mais tarde tornou-se a padroeira do município.

PRIMEIRAS FAMÍLIAS

No dia 27 de janeiro de 1847 os colonos imigrantes radicaram-se na confluência dos Rios Jucu Braço  Norte e Braço Sul, no lugar denominado pelos índios Botocudos de Cuité.  Eram 39 famílias prussianas sendo 23 católicas e 16 luteranas totalizando 163 pessoas.
Schmidt (2), Stein (3), Degen, Bastian, Marx (3), Gilles, Schneider (3), Wahler, Effgen, Morjer, Bohn, Trenkbluth, Flotinger, Feiper (2), Ludwig, Gerhardt, Trarbach (3), Velten, Mildenberger, Faller, Waiandt, Chall,
Christ (2), Stumm, Franz, Rhein, Hand.
A primeira capela foi logo construída no morro de Boa Vista onde pretendiam também construir a vila.  Ali ficaram cerca de 10 anos.  Alguns por questão de clima, subiram mais e  foi então que as famílias católicas ficaram em Santa Isabel e as luteranas prosseguiram um pouco mais  e chegaram a um lugar plano entre as montanhas o qual denominaram de Campinhoberg -  Morro do Campinho.
Em 1852 a primeira igreja católica foi consagrada na vila de Santa Isabel e tinha como Padroeiro São Bonifácio.


Algum tempo longe do chão,resolvemos percorrer as trilhas de Santa Isabel no município de Domingos Martins, num dia chuvoso mas de muito bom astral e  cujo relato vai aqui abaixo:


" Nem a previsão de mau tempo inibiu a presença dos andarilhos nesta caminhada, tanto é que três vans foram lotadas.Parece que o pessoal não deu muito crédito ao Climatempo.
Após uma tranqüila subida da serra, chegamos de mansinho e sem muito barulho para não atrapalhar o justo sono dos locais. Santa Isabel ainda dormia quando chegamos por volta das 7.30 h, à padaria da praça para um reforçado café. Novos rostos foram acolhidos pela turma e assim foram devidamente fotografados na escadaria  da Igreja em frente a praça. A foto do grupo todo completou as preliminares, assim como o aquecimento e alongamento necessários ao bom desempenho físico.
Finda a ginástica e devidamente abrigados por suas capas de chuva, todos se puseram a caminho atravessando as tranqüilas ruas do vilarejo em direção ao Vale da Estação. Alguns se abstiveram do café inicial para degustar o famoso pastel da Lanchonete Recanto do Vale, que foi alcançado uns quarenta minutos depois.
Lá fomos recepcionados pelo proprietário Luis Christ e esposa que se esmeraram em fritar os deliciosos pastéis. Alguns se adiantaram e pediram logo umas cervejas para o ritual andarilho de associar o lazer com o costumeiro: não pode faltar  cerveja gelada, chova ou faça sol.
Encerrado o desjejum clássico, a turma retomou o caminho, pegando uma leve subida à direita num ritmo digno de colocar as calorias para fora... aí sim é que começava o caminho em direção ao Sítio das Andorinhas, cujo proprietário Rafael Magalhães se adiantou em sinalizar o caminho com  sacolinhas  de plástico na cor azul, que foram devidamente recolhidas para terem o destino adequado.
O percurso sem sombra de dúvida, percorre um trecho dos mais bonitos da região devido ao visual da imponente e verdejante mata atlântica, que se apresentou preservada em quase toda sua integralidade, exceto apenas um ou outro local onde os proprietários a abateram para pequenas lavouras de banana ou mesmo esparsos eucaliptais.
Samambaias gigantes compondo a flora natural foram uma constante assim como muitos sabiás, sanhaços, coleiros e tico-ticos representavam a fauna.
No caminho, os bons observadores notaram e fotografaram belas casas de estilo colonial, muitas delas enfeitadas por floridos jardins e outras tantas emolduradas por bichos de pedra como elefantes, girafas, galos e flamingos, alguns de duvidoso estilo. Estas observações, entretanto, destoam da grande quantidade de propriedades postas à venda conforme as inúmeras placas espalhadas pela estrada.
O tempo continuava chuvoso, intercalando momentos de fraco sol e fazendo com que a jornada prosseguisse devagar. De tempos em tempos era interrompida pelo apoio da van do Abmael, onde doces, frutas e água eram servidas à vontade.
Pelo caminho cruzamos a comunidade de Bom Jesus e logo depois Costa Pereira, onde uma simpática igrejinha desponta no alto de uma ladeira.
O tempo seguia com garoa fina e muitos andarilhos já premidos talvez pela fome e vontade de saciar a vontade de cerveja, se adiantaram rapidamente. Os mais vagarosos faziam companhia uns aos outros, mas sempre de olho no relógio e com a inevitável pergunta de “quanto ainda falta para chegar”?.
Passavam alguns minutos das 13 horas chegamos ao destino final, o Sítio das Andorinhas na localidade de Alto Costa Pereira, onde já nos esperavam com a cordialidade costumeira , Rafael e família.
Quem não conhecia o local teve a oportunidade de passar boas horas em ambiente agradável e de muito bom gosto. Um prédio central que abriga a cozinha, sala de tv, banheiros e ampla varanda com mesa e churrasqueira, serve de local de reunião de família, tipo “aki ki nois mora”.
O pátio é todo gramado e circundado por aconchegantes chalés. À frente piscina e sauna.

José Antônio, que andava sumido, abrilhantou o evento com belas canções, estreando seu novo modelo de som. Nestes momentos ao cantar antigos sucessos das décadas de 70/80, os refrões eram compartilhados, ou melhor, gritados por todos, em especial o pessoal do “quarteto em ca” (ca de cachaça)), estrategicamente colocado ao lado da geladeira e das garrafas da excelente Caetano’s e outras beberagens suspeitas.
Outros cantores de fato e ainda uns pseudo cantores, se aventuraram ao microfone dando um tom simpático e descontraído ao evento.
Um sucesso dos Beatles foi aplaudido, rs! O coral ajudou claro!
Acabada a cerveja novas garrafas apareceram, fruto da disposição de alguns em buscar na fonte mais próxima.
Neste clima de boa convivência e amizade o dia chegou ao final, com os agradecimentos e despedidas aos anfitriões e ainda a promessa de novo retorno em fevereiro, onde se espera mais colaboração de São Pedro para melhor aproveitamento das belezas naturais do local".

                                          
 
















                                              Quarteto em Ca( Ca de cachaça)

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