sábado, 15 de fevereiro de 2014

Caminho dos Anjos- 7º dia

Após o café da manhã, fizemos nossa despedida do Nadinho com fotos defronte a pousada,  e pegamos a plana estrada de terra á esquerda rumo a Baependi. Propositadamente  neste dia saímos ás 7 horas.

O percurso de apenas 13 km, seria de tranquila e suave caminhada, percorrendo o costumeiro visual mineiro com fazendinhas, sítios e chácaras  e já observando a maior presença de pessoas.

Num período de férias quente e seco como esse, o afluxo de pessoas ás cachoeiras da região aumenta significativamente, segundo informou o Nadinho e nos fins de semanas, seu espraiado fica lotado. O caminho nesse ponto é bonito com fazendas de gado leiteiro, característica comum a quase todo percurso. 





Caminhamos  devagar e apreciando a beleza natural da paisagem, certos que não mais enfrentaríamos a s terríveis subidas e descidas dos dias anteriores. O sofrimento, por assim dizer tinha acabado, menos para uma pobres mulas que são ainda meios de transporte de leite para as cooperativas locais.

Após três horas de percurso sob forte sol,paramos na entrada de uma fazenda  para um merecido descanso e hidratação e algum tempo depois cruzamos o vilarejo das Indias, com casas, um bar e igrejnha .


Seguimos pela direita no antigo Bar da Tia Lurdes ode começa o asfalto para Baependi.

Após cruzarmos  uma fabriqueta de bloquetes, continuamos em frente até aparecer um pequeno trevo onde  entramos á esquerda na Av. Juscelino K de Oliveira. Uns quinhentos metros depois , subimos mais uma rua calçada, chegando pelos lados da Igreja de Nhá Chica., ás 11 horas.

Foi uma caminhada rápida e sem cansaço algum. Ao lado da igreja, alguns ônibus de peregrinos estavam estacionados á espera de seus ocupantes que visitavam a igreja.

Enquanto os colegas descansavam na praça anexa, fui até a Igreja N S da Conceição, o Santuário,, fazer orações .


Francisca Paula de Jesus, a Nhá Chica, nasceu rio das Mortes, hoje distrito de  São João del Rei-MG em 1810 e foi com família para Baependi na idade de 14 anos, Ficou órfã aos dez anos e lá viveu até junho 1895, onde foi sepultada no interior da  Capela de N. Sra. da Conceição, mandada construir por ela.


Durante 30 anos reuniu doações para construir a capela onde hoje funciona o Santuário da Conceição.
Sua vida foi inteiramente dedicada aos pobres e sua beatificação deu-se em 13 de maio de 2013, em cerimonia presidida pelo Prefeito da Congregação da Causa dos Santos, o Cardeal Angelo Amato, representante da Santa Sé, que anunciou a data de 14 de junho como a festa litúrgica em comemoração a Nhá Chica. Dessa forma, ela se tornou a primeira leiga e negra brasileira a ser beatificada.
Para melhores informações leia aqui sobre Nhá Chica e suas obras de caridade.
Depois das orações e fotos voltei á praça ao lado onde os colegas já estavam degustando cervejas,sorvetes e refrescos, pois o calor estava bem forte.


Conversamos despreocupadamente aguardando o horário para o almoço no restaurante Fiorella, que nos fora indicado pela gentil garçonete, que, meio incrédula, manifestava admiração pelo caminho que estávamos percorrendo.

Descansados, fomos ao restaurante Fiorella onde degustamos saborosa refeição, num ambiente limpo e agradável.

Ao final do almoço, ficamos meio desanimados de enfrentar o sol e o asfalto de 10 km até Caxambu, por isso resolvemos ir de ônibus, com a intenção de chegar logo á cidade e ainda aproveitar as delícias de seu parque de águas.
Ao chegarmos fomos direto para o Hotel  Bragança onde havíamos feito reserva, centenária construção ao lado da entrada do parque. Lá fomos muito bem recepcionados e cada um foi para seu quarto, que diga-se de passagem, tem  amplas e muito bem cuidadas medidas. Os objetos e mobiliário do hotel no geral são antigos mas muito bem conservados.



As camas são ainda antigas( cama Patente), os lençóis muito alvos e limpos. Bons e limpíssimos banheiros, com um forte chuveiro. Do meu quarto obtive bela visão do parque.   
Após um refrescante banho fizemos um demorado passeio pelo belo Parque de Águas, usufruindo do que há de melhor: suas fontes de águas radioativas da melhor qualidade.

Os hotéis de qualidade, o Parque com a beleza de suas fontes, sua arquitetura, os jardins, o lago, o prédio de Hydroterapia, a grande piscina, tornam  a cidade muito procurada  pelos turistas, principalmente no inverno.






Dali seguimos para um calçadão, onde muitos barzinhos, lojas, livrarias e sorveterias convidam o turista. Num deles nos instalamos para tomarmos chope e apreciar o movimento. Muitos turistas perambulavam pelas ruas, mas a maioria aguardava o cair do sol tomando sorvetes.  Charretes cheias de pessoas cruzavam as ruas num movimento incessante.

Ao cair da noite voltamos ao hotel para um pequeno repouso e aguardar o jantar.
O jantar, servido ás 19.30, representa bem o espírito hoteleiro de uma estancia hidromineral típica como Caxambu: um amplo salão, com piano, lustres e prataria, e os tradicionais pratos de sopa antes, prato quente a seguir, com , filés, tortas e massas, saladas á vontade e por fim as tradicionais sobremesas mineiras: doces os mais variados com o famoso queijo Minas.

Encerrado o jantar ficamos conversando pelo salão, assistindo os noticiários da tv e por volta das 22 horas fomos dormir.
Saiba mais sobre a cidade que concentra o maior complexo hidromineral do mundo, com doze fontes de águas minerais de diferentes propriedades: Caxambu
Fim do 7º dia











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