sábado, 15 de fevereiro de 2014

Caminho dos Anjos- 8º dia

Deixamos o Hotel Bragança ás 6.30 h, depois de termos negociado com a proprietária a antecipação do horário do café da manhã, que habitualmente é servido a partir de 7 horas.

O porteiro da noite fora encarregado de deixar tudo preparado e não tivemos surpresa, pois pontualmente ás 6 horas estávamos assentados nas confortáveis cadeiras do salão de café. Servido com presteza e em boas porções, pudemos ainda fazer sanduíches de queijo e presunto, alem de algumas frutas para nossa jornada, rumo a São Lourenço.

Após a fotografia defronte o hotel saímos pela larga avenida Camilo Soares rumo a rodoviária( que já foi a antiga estação ferroviária) transitando pelas ainda desertas ruas da cidade.

 À medida que avançávamos as casas iam se dispersando e passamos a apreciar a beleza do trecho calmo, plano e margeado por pequenas árvores que proporcionaram refrescante sombra.
Sempre apreciando a paisagem, as fotos capturavam a rotina do cotidiano rural, com casas, currais, fazendinhas e até um haras, com providencial abrigo para cavalos, uma vez que a região é rota de cavaleiros em peregrinação rumo a Aparecida



Com alguns quilômetros percorridos, encontramos esse simples oratório erguido em homenagem a Nhá Chica.

Continuamos sempre seguindo os garbosos totens da Estrada Real, que tem aqui também o seu trajeto demarcado rumo a Paraty.
O caminho seguia no plano, com o sol começando a mandar seu calor abrasador, até que chegamos a um vilarejo onde paramos para hidratação e descanso, ouvindo um pouco distante o cantar característico de um carro-de-bois.
Mesmo andando depressa  ainda deu tempo de vê-lo, na dobra de uma estradinha que subia um pequeno morro, rumo a alguma fazenda de gado leiteiro nas proximidades.
          
Queríamos aqui abaixo fazer jus ao nome da fazenda, mas tínhamos que seguir em frente, até passarmos pela entrada do sítio São Francisco, o que demonstrava que já tínhamos percorrido 8 quilômetros.


Atravessamos a ponte de um pequeno rio e seguimos mais quatro quilômetros até o povoado de Mato Dentro, onde também paramos para ligeiro descanso, pois o sol  não estava para brincadeira.
Após uns três quilômetros em acentuada descida, avistamos uma grande construção emoldurada por uma dezena de grandes árvores.

Parecia uma pousada, com amplos jardins na frente, varanda espaçosa e ali adentramos pensando ser o Vista Alegre, hotel fazenda mencionada na planilha.
Fomos educadamente recebidos por um casal da paulistas, que nos informou ali ser sua residencia. 
Ofereceram água e frutas e descansamos por alguns minutos em animada conversa. Com seus pequenos filhos, inclusive os do caseiro, demonstraram ser de boníssima índole e preparavam-se para acender uma fogueira e assar umas batatas doce e milho.
Ao final da conversa fomos informados que o Vista Alegre ainda estava a 3 quilômetros.

Ali chegamos, cansados e exauridos pelo excessivo calor, por volta de onze e meia. O local evidenciava um movimento normal de um hote-fazenda, com muitos chalés e carros estacionados. Um restaurante nas adjacências, estava aberto e ali entramos pedir informações.

O cheiro da comida despertou nossa fome e olhando ao lado observamos  imponente fogão a lenha, que abrigava um sem número de panelas, prontas para serem destampadas e terem seus conteúdos degustados.



Perguntamos ao atendente, que parecia ser o gerente, qual era a possibilidade de comermos alguma coisa e a resposta foi negativa,: só depois de meio dia.

Fomos tratados com desdem e falta de polimento. Nem mesmo uma água quisemos, saindo rápido dali decepcionados coma péssima recepção, para descansarmos alguns metros além,debaixo de uma árvore ao lado de uma ponte de onde começava o asfalto até São Lourenço.

A planilha mandava seguir á esquerda, mas ficamos tão emputecidos com a falta de educação do gerente que resolvemos chamar um taxi  para nos levar pelos restantes  km até a cidade a fim de saciar nossa fome.

Rapidamente o taxi chegou e aliviados, pudemos apreciar o movimento da cidade, escapulindo assim desse sacrifício de caminhar no asfalto naquele calor de rachar.

No restaurante saciamos a fome, saboreando com prazer umas espumantes cervejas antes do repasto. 



São Lourenço um dos menores municípios de Minas Gerais, é uma das mais importantes estancias hidrominerais do país e a fama de suas águas alcança o mundo.

Seu clima é agradável e a cidade é um polo entre aas demais do Circuito da àguas mineiras.


Após a refeição, saímos devagar pela cidade, procurando uma agencia bancária e para surpresa um,a rápida chuva caiu espantando o forte calor.


Fomos ao magnífico parque da cidade com área de 430 mil metros quadrados, onde imponente lago de 90 mil metros quadrados,  faz a alegria dos turistas que pode desfrutar de caiaques e pedalinhos.


Um tempo depois retomamos nosso caminho até a Pousada Casarão de Minas  localizada dois quilômetros na saída da cidade, onde fomos recepcionados pelo casal proprietário que nos colocou bem à vontade.

    Da esquerda para para a direita: Eu, Zenon, Sidão e Mário
Apreciamos a bela construção de muito bom gosto arquitetônico e  fomos tomar um saudável banho de piscina. Nossas mochilas tinhas chegado no táxi contratado em Caxambu e lá estavam com segurança.

De noite pedimos uma pizza acompanhada de duas garrafas de cabernet que compramos no supermercado da cidade, perto da Igreja Matriz



Após o jantar ficamos ali proseando e trocando ideias variadas.Constatamos nosso cansaço.Todos estávamos esgotados, certamente motivado pelo forte sol dos oito dias do caminho.
Para nós, caminhar é um esporte saudável e prazeroso, mas forçoso foi reconhecer  nosso cansaço.

Ali mesmo, e tendo em vista o Zenon ter compromisso no  dia seguinte em São Paulo resolvemos abortar o restante do caminho.
Assim fizemos e no dia seguinte após o café pegamos carona com o proprietário até a rodoviária e tomamos o ônibus até Passa Quatro. 




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