Após uma noite tranquila na pousada Casarão de Minas, fora uns mosquitos enjoados, fizemos as despedidas dos hospitaleiros saboreando excelente café da manhã. O amigo ainda deu-nos uma carona até a rodoviária local, onde embarcamos ás 10 h para Passa Quatro.
Da janela do ônibus, a paisagem me era muito familiar, uma vez que durante quatro anos trabalhei na região como veterinário e tudo aquilo me relembrou um tempo muito feliz e cheio de satisfação profissional.
Chegamos a Passa Quatro bem na hora do almoço, por volta de 11.30 e fomos direcionados ao restaurante da Andréa, que segundo informações tinha uma excelente comida caseira.
Depois desse almoço fomos até uma feirinha local onde compramos queijos- os famosos queijos mineiros são de fato saborosos- e enquanto Zenon ia até a Pousada Tia Ana pegar o carro que lá deixara no começo do caminho,ficamos ali na sombra da rodoviária apreciando o fraco movimento dos locais,pois o calor para variar, estava de rachar.
Em frente o imponente maciço da Mantiqueira, inicio lá em cima da Serra Fina.
Logo começamos o caminho de volta, admirando os contornos da serra, subindo um pouco até a divisa de estados, para começar a decida para o vale do paraíba. previamos um calor infernal no vale.
Por volta de 13.30 chegamos a Aparecida, onde me despedi dos caros amigos do caminho e eles tomaram a direção da capital paulista. Ali fiquei para ir ao santuário, rezar e agradecer as graças alcançadas.
Por volta de 13.30 chegamos a Aparecida, onde me despedi dos caros amigos do caminho e eles tomaram a direção da capital paulista. Ali fiquei para ir ao santuário, rezar e agradecer as graças alcançadas.
Com a mochila nas costas me dirigi ao santuário, que nesse momento fervilhava de gente, muitos saindo e uma grande parte adentrando a igreja. Como era domingo a maioria estava indo embora.
Filas enormes de ônibus aguardavam os peregrinos, famílias com crianças agitavam por todos os lados, nem ligando para o sol forte. Devo dizer que em lugar algum senti tanto calor como naquela tarde em Aparecida!!
Filas enormes de ônibus aguardavam os peregrinos, famílias com crianças agitavam por todos os lados, nem ligando para o sol forte. Devo dizer que em lugar algum senti tanto calor como naquela tarde em Aparecida!!
Milhares de pessoas, com guarda-sois, chapéus, lenços, etc procuravam se abrigar do forte sol. Vendedores ambulantes procuravam aos berros oferecer água e refrigerantes.
Entrei naquele Santuário em passos lentos apreciando as pessoas e o movimento continuo de vai e vem. Alí é um lugar mágico!
Pedi uma senhorita recepcionista para que fizesse minha foto e entrei na baílica onde uma missa estava começando.
Rezei em agradecimento às graças alcançadas, pedindo à Nossa Senhora a proteção parta meus familiares e amigos.Procurei me lembrar de todos e na saída, comprei algumas lembranças para a família.
Ao término da missa voltei para a rua onde pretendia procurar um hotel, mas diante do calor absolutamente incrível do local, decidi ir até a rodoviária e tomar um ônibus para o Rio de Janeiro, onde felizmente achei vaga no das 17:45 h.
No caminho até a rodoviária cruzei com movimentadíssima festa de Reis, local onde fiz essa filmagem.
São companhias de Reis, a maioria de Minas, que ali se reúnem todos os anos nessa época para as festividades. São festejos de origem portuguesa, ligados ás comemorações do Natal.
Apresentam um caráter profano-religioso, fazendo parte do ciclo natalino, que começa no dia 25 de dezembro indo até 6 de janeiro, dia dos Reis Magos e nessa ocasião são realizadas as festas do Congado,Folia de Reis, Império do Divino, Reinado do Rosário e Pastorinhas.
Vejam AQUI mas detalhes sobre esse importante momento folclórico brasileiro.
Enfim dentro do ar condicionado do ônibus, a viagem para o Rio foi tranquila, onde cheguei por volta de 22.30, indo para casa de um primo na Tijuca.
O Caminho dos Anjos terminou na praia de Ipanema, local onde me diverti no dia seguinte tomando chope e visitando um pedaço da história do Brasil: o Forte de Copacabana.
Observações finais:
O Caminho dos Anjos possui uma beleza paisagística das mais belas que já vi.
Em que pese as fortes e longas subidas - o Garrafão, a subida para o Pico do Papagaio e o atalho em Aiuruoca para a Cachoeira dos Garcias, que são de amargar - o trajeto é belo e de média dificuldade no geral.
O povo mineiro, como sempre, se mostrou muito hospitaleiro, amigo e sentimental. Predomina o espírito colaborativo e de forte identificação com os andarilhos.
As melhores conversas e contos de causos são proporcionados a cada momento, em qualquer vendinha ou casa rural.
O ideal- em qualquer circunstancia- é fazer o caminho nos meses de inverno.
Salvo o fato de que o verão este ano estar se revelando o mais abrasador dos últimos tempos, não se deve caminhar nessa época. Sofrem todos, o homem e os animais.
Costume dizer que o calor não tem conserto: no inverno sempre é possível administrar o frio, seja ele qual for.
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