quarta-feira, 16 de maio de 2012

O Senador Collor



Ainda está na memória de muitos brasileiros a cena patética do então presidente Fernando Collor , de mãos dadas com sua mulher, descendo rampa do Palacio do Planalto com cara de tacho. Culminava alí um processo de cassação de mandato deflagrado pelas denuncias que seu irmão Pedro Collor colocou para espanto e horror de toda nação.Sua "republica das Alagoas" pretendia comandar o destino da nação através de falcatruas,capitaneadas por PC Farias.
Paulo Cesar farias, o PC como era conhecido, criou uma rede de contas-fantasma que era abastecida com dinheiro extorquido de empresas e usado, entre outras coisas, até para o pagamento de despesas da família do agora senador alagoano. Na Esplanada, Fernando Collor se cercou de um ministro que admitiu ter sido subornado e de outro que recebeu um jet ski de uma empreiteira. À frente do Banco do Brasil, alojou um aliado que se destacou por ameaçar adversários, inclusive fisicamente, e abusar da instituição bancária para espioná-los.
Tambem é importante lembrar que nas campanhas presidenciais anteriores, Collor foi absolutamente taxativo ao denunciar Sarney e Lula. Aquele como marjá que carecia ser "caçado".
O outro era um analfabeto ignorante que merecia desprezo. Cançou de malhar a ambos.
Pois bem, agora 20 anos depois, aliou-se aos seus antigos desafetos e porta-se como um cachorrinho mandado para, ao se colocar á frente de uma CPI, servir de popnta de lança ao atacar a imprensa, particularmente áquela que o defenestrou.
Investido agora na CPI do Cachoeira do papel de pau mandado dos interesses subalternos dos integrantes do petismo radical, seus antigos algozes, Collor reencarnou-se como autoridade e como defensor da moral e dos bons costumes.
Estranho papel. O ex-presidente faria um personagem mais crível se continuasse em sua última linha de defesa, a de raro político que realmente pagou pelos erros que lhe foram imputados. Pagou com a perda da faixa presidencial. A respeito dos crimes de que foi acusado, Collor obteve na Justiça o que mais lhe interessava. Nenhum dos processos criminais contra ele prosperou. Ele poderia passar à história, então, usufruindo esse empate técnico entre transgressão e punição.

Fernando Collor estava bem no seu limbo, mas saiu dele para entrar na CPI e piorar ainda mais sua história.
Abaixo a foto "delle" na CPI,com a carranca que não assusta ninguem.




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