Continuamos nossa jornada rumo a Greccio ainda pela estrada de terra em longa subida, sempre com a advertência de Cristina para que andássemos em fila indiana. Paramos logo depois num bucólico vilarejo de nome Santo Elia onde fizemos um pequeno lanche pois a hora avançava pelas 11 e ainda em cujo chafariz medieval abastecemos nossas garrafinhas de água .
Certamente a porta deve ter uns 300 anos ou mais!
A meio caminho para Greccio, que já podia ser avistada do alto, após longa e penosa descida com muita pedra e fendas no piso, pegamos um trecho asfaltado que aliviou bastante a canseira. O alívio foi completado com a chegada a uma isolada cafeteria que disponibiliza aos usuários confortáveis sofás.Foi muito a propósito o encontro dessa cafeteria, pois tomamos( alguns) uma cerveja e outros sorvetes,sucos e refrigerantes.
Greccio surgiu de uma antiga colonia fundada por imigrantes gregos (daí o nome )que fugiam da guerra em seu país. Os registros mais antigos datam dos sec. IX-X. Entra-se na cidadela subindo uma bem arborizada avenida até a praça principal.
Chegamos à pequena comuna, com população aproximada de 1.450 pessoas, às 16.30 h e eu estava bem cansado. Não vimos ninguém nas duas ruas que circundam uma pracinha em frente a Igreja de Santa Maria del Giglio, de 1400.
Fomos direto para o Albergo Belvedere, cujo nome é justificado pela magnifica vista que se tem do Vale Riete e ainda, mais tarde, nos brindou com espetacular arco íris. Na manhã seguinte Uma densa camada de neblina encobria toda a região.
Do antigo castelo restou apenas a torre que hoje é o campanário da Chiesa de San Michele
Os colegas com melhor preparo, foram até o Santuário de Greccio, erigido em 1288 para comemorar o primeiro presépio feito por Francisco em 1223. Sabe-se que foi esse o primeiro presépio construído no mundo.
A " Capelleta", igreja eremítica de São Francisco, está localizada no ponto mais alto, a 1205 m de altitude, sendo um dos mais belos lugares a se ter uma visão angular de todo o vale.
Os colegas voltaram do convento já bem mais tarde, havendo uma grande frustração de alguns por não desfrutarem de um merecido banho quente, uma vez que a temperatura caíra bastante e fazia frio. Não houve remédio, os chuveiros não funcionaram e vários tiveram que encarar a água fria. Isso foi bem recompensado pela amável hospitalidade que ali desfrutamos, com um belo jantar regado ao não menos usual vinho rosso.
O frio nos obrigou a dormir bem agasalhados e para variar, no último dia, tive que colocar o colchão no chão, tal a maciez do estrado feito de arame. Uma merda.
Aqui encerra-se o Caminho de Assis. Cristina fez as considerações finais, houve um momento de descontração com a entrega de presentes, sorteados cada um através do "amigo oculto". Houve discursos e aplausos, muita alegria por termos participado dessa inacreditável jornada por terras italianas, dignas de um filme colorido em Pannavision!
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