segunda-feira, 16 de junho de 2014

O Caminho de aparecida-6º dia, de São Sebastião a Santa Rita do Sapucai- 17 km

Neste dia teríamos um percurso também curto- 17 km- de modo que saímos um pouco depois das 6.30 após tomarmos o café da manhã na padaria da praça, pois a Pousada não oferece nada.

Esse trajeto começa na altitude de 890m da cidade e por oito quilômetros fomos subindo a Serra do Paredão, onde descortina-se impressionante vista do vale.
                               
Com a forte subida fomos devagar para apreciar os detalhes dessa parte do caminho algo desabitada.
                                
Não conseguimos ver muita gente. Aqui é um pedaço do caminho meio ermo, com casas raras e ainda as poucas existentes parecem desabitadas. Uma grande ( outrora grande mesmo) fazenda hoje parece estar ás moscas. Quando passamos por suas mal conservadas benfeitorias, apenas uns magros cachorros deram sinal de vida.                              
                               
                                       Uma singela capelinha mereceu o destaque





O caminho prosseguia agora por entre uma extensa e fechada mata nativa, onde visualizamos uma placa alusiva à Reserva Biológica de Santa Rita do Sapucaí, algo importante no meio das desmatadas paisagens habituais. Muito café, lavouras variadas, pastagens de gado leiteiro, mas mata mesmo foram poucas. Essa foi uma digna de registro.
                                                             


Começamos então a descida rumo a Santa Rita passando pelo horto florestal da cidade, onde o Sr Beco mostrou-nos o cuidado com que nos 18 anos de trabalho, cultiva exemplares raros como candeia, copaíba, jacarandá, pau brasil, guatambu, pau ferro jatobá, angico, palmeiras variadas, ipês, etc, tudo isso com a finalidade de  distribuição ou será venda? aos fazendeiros da região, na difícil e demorada missão de tornar a região uma pequena amostra do que era centenas de anos atrás.
 
Cordialmente nos convidou para um "cafezinho" em sua casa, onde a esposa veio rápida com um bule de esmalte e umas duas canequinhas. Aceitamos de bom grado ,mas não consegui tomar tudo uma vez que  era açúcar puro. Mas ficou evidenciada a hospitalidade mineira naquele simples homem do campo.

Mais uns poucos quilômetros vencendo uma subida avistamos a pujante cidade de Santa Rita do Sapucaí , sobrepondo-se a ela a imponente Mantiqueira.


Por volta das 11 horas adentramos a cidade caminhando uns bons dois quilômetros a té o Hotel Vicenza, local de nosso pouso neste dia.
                                                           
Para não perder o costume, o acesso à portaria do hotel se dá por meio de uma inclinada escada, coisa comum nos caminhos. Chega-se cansado ao local e ainda tem-se  que vencer uns trinta degraus! Coisa de andarilho.
                           
Cada qual se dirigiu a seus aposentos -dois a dois-e  logo fui tomar um banho, após separar umas roupas para a lavanderia do hotel.

Terminado o banho fomos almoçar no restaurante Vista Alegre localizado nas proximidades do hotel, onde o prato principal era feijoada! Não tive coragem e após as habituais cervejas com os amigos aficionados, eu me saciei mesmo com o trivial, nada enfim que pesasse ao longo do dia.
                                         
Mais tarde um pouco demos umas voltas pelo centro da tradicional cidade visitando a sua belíssima matriz de Santa Rita, local onde fizemos orações de agradecimento, local de respeito com a cripta de Santa Rita
                                                         
Ainda com tempo sobrando, descemos a rua em frente da praça caminhando até a ponte que cruza o rio Sapucaí para apreciar o movimento local, onde um frenético movimento de pedestres deu mostras de que a cidade tem um forte apelo comercial.
                                                     
Paramos na agencia do Banco do Brasil, no supermercado ao lado onde compramos vinhos, fomos a uma cafeteria para um excelente café expresso e alguns se deliciaram com os variados sorvetes do local. Uma pequena galeria de lojas também foi objeto de nossa visita perto de uma loja onde Ronilda precisou comprar uma papette.
           


Na volta ao hotel cruzamos como restaurante Fundo de Quintal, de disfarçada entrada onde agendamos nosso jantar para ás 20 horas. Lá voltamos na hora combinada para saborearmos caldo, canja, petiscos gerais acompanhados dos cabernet que adquirimos anteriormente. O local é agradável e a gerente nos tratou de forma  muito cordial.
                                             

Findo o repasto voltamos ao hotel para dormir , não sem antes eu assistir ao jogo do Cruzeiro, lutando mais tarde com o barulho dos carros que eventualmente passavam aquela hora pela rua ao lado.




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